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Lucas vai jogar amistoso contra a Suécia na quarta-feira e depois fará maratona para enfrentar a Ponte Preta pelo Brasileirão
O último jogo de Lucas pelo São Paulo foi diante do Coritiba, dia 8
de julho, em vitória por 3 a 1. Convocado por Mano Menezes para a
Olimpíada e para o amistoso de quarta-feira contra a Suécia, o
meia-atacante chega no Brasil na sexta-feira. A expectativa é de que
esteja à disposição para sábado, em duelo frente a Ponte Preta, no
Morumbi.
Lucas ainda não foi dirigido por Ney Franco. Na sua
ausência, o Sampa venceu quatro partidas (uma pela Sul-Americana),
empatou uma e perdeu outras quatro – 48% de aproveitamento. Amanhã,
frente ao Náutico, o último confronto sem o camisa 7 em campo. Ademilson
ganhou espaço, fez quatro gols e se firmou como titular.
Com
Lucas no Brasileirão, o Tricolor soma 66% dos pontos disputados,
aproveitamento que deixaria a equipe em quarto lugar, à frente do
Grêmio, que tem 64,5%. Com Ney Franco, são apenas 41%.
O
meia-atacante, que foi vendido na semana passada para o Paris
Saint-Germain (FRA) por R$ 108 milhões, completou 20 anos na
segunda-feira. Depois de receber mensagens pelo Twitter, fez questão de agradecer:
“Fico
muito feliz em saber que tantas pessoas gostam de mim e querem o meu
bem. Queria poder dar um abraço em cada um. Nem sei como agradecer esse
carinho todo.”
Maratona para defender o São Paulo é algo
corriqueiro para Lucas. Este ano, depois de longa viagem com a Seleção
Brasileira, chegou pela manhã e enfrentou o Santos. Técnico na época,
Emerson Leão conversou com o camisa 7, que ficou à disposição e foi
escalado na vitória por 1 a 0. Casemiro e Bruno Uvini, que também tinham
sido convocados, pediram para descansar.
Todas as vezes em que o
meia-atacante ficou fora este ano foi por defender a Seleção. Ele nunca
foi desfalque por suspensão ou lesão.
Reserva de Mano durante a
Olimpíada, o fato gerou revolta por parte da diretoria do São Paulo, que
gostaria de contar com o jogador no Brasil, ainda mais depois de ele
ser pouco aproveitado. João Paulo de Jesus Lopes chegou a declarar que
toda a comissão técnica deve ser trocada.
Sobe e desce
Bom sem ele
Lucas
faz muita falta ao time do São Paulo, mas a ausência dele também trouxe
detalhes positivos para a equipe tricolor. Um deles é Ademilson. Se o
camisa 7 estivesse atuando pelo clube, dificilmente o garoto de 18 anos
teria tido a sequência de jogos e gols que teve no período.
Os dez
jogos sem Lucas também serviram para o time se preparar para o ano que
vem, quando o jogador não estará mais no Morumbi. Na ausência dele, Ney
Franco montou um meio de campo mais técnico, que adota a posse da bola
em vez da velocidade. Quando Lucas retornar, o treinador não descarta
utilizá-lo ao lado de Ademilson e Luis Fabiano, o que faria Maicon
perder a vaga no meio.
Ruim sem ele
Ney
Franco ainda não pôde escalar Lucas em nenhum dos jogos. Sem o dono da
camisa 7, o Tricolor perde velocidade em campo. Ele é o jogador mais
veloz do elenco e responsável por puxar diversos contra-ataques
decisivos nos jogos.
Com Lucas fora, o time tem pouca capacidade
de improvisação de jogadas. Ele é o mais habilidoso e quem mais dribla
durante as partidas.
Menos espaço. Devido à qualidade do camisa 7,
os adversários redobram a atenção em cima dele. Com isso, os outros
são-paulinos podem aproveitar algumas brechas na marcação para
aparecerem com liberdade para marcar.
Salário líquido e imposto com o PSG
Lucas
não precisa se preocupar com a provável mudança do recém-eleito
presidente da França, François Hollande. O mandatário pretende colocar
em prática uma proposta para que qualquer pessoa que ganhe um salário
maior do que 1 milhão de euros seja taxada em 75% dos vencimentos. A
proposta de campanha seria empregada em janeiro do ano que vem, período
em que o camisa 7 vai se transferir.
O meia-atacante pode ficar
tranquilo porque o acerto com o PSG é em relação ao salário líquido. O
clube francês definiu o valor (cerca de três vezes mais do que os R$ 130
mil que recebe no Sampa) e cabe a ele a responsabilidade com os
impostos.
Pela transferência, Lucas ainda recebeu 25% dos R$ 108
milhões. Por contrato, teria direito a 30%, mas o Tricolor exigiu que o
jogador abrisse mão de um pedaço de sua parte para que o negócio fosse
fechado. Como vão ganhar luvas do PSG, o agente (Wagner Ribeiro) e os
pais do atleta aceitaram a condição imposta pelo clube.
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