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Desde que vestiu a camisa do São Paulo pela primeira vez, em 2007, Alex Silva sempre se destacou pela forte personalidade e por falar o que pensa. E agora, no momento em que o time amarga mais uma eliminação, desta vez na Copa do Brasil, o defensor veio a público para defender seus companheiros, muito criticados pela torcida, que inclusive fez um protesto na porta do CT da Barra Funda na última segunda-feira.
Postura, sem dúvida, bem diferente da diretoria que, desde a derrota para o Avaí, na última quinta-feira, não se manifesta em público. Tanto o vice-presidente de futebol, Carlos Augusto de Barros e Silva, quanto o diretor de futebol, João Paulo de Jesus Lopes, seguem incomunicáveis, enquanto o presidente Juvenal Juvêncio tem por filosofia não conversar com os jornalistas.
Tal postura rendeu críticas de Alex Silva, um dos líderes do elenco do Tricolor.
- No futebol é sempre assim. Antes do resultado negativo, tinha sempre diretor no gramado. Depois sumiu. Mas não tem problema. Sou eu que jogo e por isso vim aqui defender meus companheiros. É a minha personalidade. É fácil quando você ganha aparecer para dar entrevista, mas quando você perde, acaba sumindo. A vida segue. Não são os diretores que vão colocar o meião e tirar o time da difícil situação que está. Somos nós, jogadores, e é o que vamos fazer – afirmou o camisa 3, em entrevista à rádio Transamérica.
Essa não é a primeira vez que Alex Silva reclama da diretoria em público. Na véspera da partida contra o Goiás, em Goiânia, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, o defensor foi acusado pelo presidente Juvenal Juvêncio de ter inventado uma proposta do Sporting-POR para forçar que o São Paulo comprasse o seu passe em definitivo. O defensor não gostou e partiu para o ataque na ocasião.
- Acordo no dia de uma decisão e vejo no jornal o presidente dizer que inventei proposta para sair. Isso é ridículo. Não preciso disso. Tenho caráter, sou pai e acima de tudo sério. Qualquer problema, Juvenal, venha esclarecer com o Alex Silva e não através da imprensa. Procure se informar, Juvenal, para depois falar. Sempre fui um jogador de caráter e homem acima de tudo. Se eu quisesse sair do São Paulo, sairia sem problema nenhum e te falaria que não queria ficar - afirmou o defensor, que no mesmo dia, conversou com o dirigente e aparou as arestas.
Com mais essa polêmica, torna-se cada vez mais difícil a permanência do jogador no Morumbi. O contrato de empréstimo termina no dia 31 de julho e o jogador não esconde mais a irritação com a sua situação. Os direitos federativos do atleta pertencem ao Hamburgo (ALE) e Corinthians, Santos e Internacional estão de olho na situação do jogador.
- O São Paulo quer, eu quero, mas tem o Hamburgo (clube da Alemanha que detém seus direitos federativos) na parada também. Se dependesse só de mim já tinha resolvido, mas o meu clube de lá recebeu outras propostas e quer analisar, então a permanência eu deixo nas mãos da diretoria do São Paulo e do Hamburgo. Sobre o Sporting, sempre teve o interesse, mas é melhor eu ficar quieto antes que falem que estou inventando propostas – ressaltou.
Fonte: Globo Esporte
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