Segundo o blog
do PVC, Andres Sanches pediu demissão. À princípio, a notícia pode ser positiva
para quem não é fã do ex-presidente do SCCP.
Mas não vejo dessa forma. Na CBF, Andrés tem
pouco poder para prejudicar os clubes pois não tem muita liberdade, com Del
Nero, que não o tolera, por trás de Marin. Ou seja, na CBF, ele fica ‘sob
controle’.
Mas fora da entidade, poderá prejudicar outros
clubes e ainda fazer a velha politicagem sorrateira em favor do SCCP. Segundo a
Veja, ele está sendo cotado para assumir a secretaria de esportes de
SP, um trabalho que não serve para quem não entende o aspecto institucional e
imparcial que o cargo demanda.
Digo isso porque Andrés, mesmo na CBF, não deixou
de lado o clubismo, prejudicando deliberadamente o São Paulo (veja aqui
e aqui)
e esquecendo-se que uma Confederação serve justamente para proteger os
interesses de seus membros, os clubes.
Ou seja, ele não é capaz de distinguir
entre ser dirigente de clube e ser dirigente de entidades (ao menos, em tese)
imparciais, como uma Confederação ou até mesmo uma secretaria municipal.
Se Andrés apoiou a candidatura de Haddad, existem
formas melhores dele devolver o favor. Colocando o cargo na mão de quem não
consegue pensar por toda a população certamente não é o ideal.
Pelo que sei, a secretaria de esportes não
envolve as questões governamentais que são hoje essenciais para o tricolor
(Linha 17 Ouro, reformulação da Praça Gomes Pedrosa, duplicação da perimetral,
hotel, dentre outros). Mas como o colega Fabio Carbone lembrou: ele estará mais
próximo da bancada corintiana na Câmara, o que pode causar certo incômodo.
O curioso é que a secretaria cuida de assuntos
relacionados ao Itaquerão. Conflito de interesses pouco é bobagem…
Outro risco, menor, é uma eventual
candidatura de Andres à presidência da CBF, em 2014. Se como diretor
de seleções já agiu na base do clubismo, imaginem como presidente – não que
Marin ‘Zé das medalhas’ ou Del Nero sejam grande coisa. Mas nada é tão ruim que
não possa piorar, não é mesmo?
Hoje Andres tem a proximidade de aliados
como o ex-presidente Lula, Ronaldo e até o ministro dos esportes, Aldo Rebelo,
todos distantes de Marin por causa da confusão policial em que Del Nero se
meteu (leia mais aqui).
As chances são pequenas, pois com Marin no poder, Del Nero tem plenas condições
de agradar às Federações, e assim assegurar sua eleição.
Mas ainda assim, teria sido menos prejudicial se
ele permanecesse na CBF.
Por: Blog do Navarro
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