Nação do Maior do Mundo;
Que resultado o Tricolor trouxe de Santiago! Mesmo com dois tempos
bem distintos, a equipe não sentiu o poderio do atual campeão do torneio
e praticamente encaminhou a classificação para as semifinais da Copa
Sulamericana.
Como bem disse Galvão Bueno (umas dez vezes durante a narração do
jogo): “O São Paulo tem o DNA de competição internacional.” Tá certo
ele, oras!
Jogar contra La U em seus domínios nunca é uma tarefa fácil, e
especialmente nesta temporada seria ainda mais difícil. A equipe chilena
não havia perdido jogando em casa na Temporada. Foram vinte e cinco
jogos de invencibilidade… até encontrar o Maior do Mundo. Com
organização, eficiência e Willian José iluminado, o São Paulo anulou por
completo os chilenos. Não tiveram chance alguma diante de um time que
aliou obstinação e talento. Dois a zero foi pouco, pois Osvaldo
“preferiu” expulsar um zagueiro ao fazer o terceiro, cara a cara com
Johnny Herrera, antigo freguês desde os tempos de Corinthians.
Veio a segunda etapa e com ela uma grande esperança da equipe ampliar
e matar de vez os dois jogos. Aconteceu o contrário: Ney Franco fez uma
verdadeira salada ao mexer em três peças para poupar Cortez, amarelado
no primeiro tempo. O técnico Tricolor jogou Wellington (que até então
era o melhor do jogo) na lateral direita, inverteu Douglas e colocou
Maicon ao lado de Jadson. A proposta não deu certo e logo nos primeiros
minutos o técnico tentou consertar a bobagem colocando o canhoto Édson
Silva na lateral esquerda para fechar o setor “descoberto” pelos
chilenos. Com isso Douglas e Wellington voltaram em suas posições
originais. Mas Ney tirou Jadson e debilitou a criação do time.
As bobagens do técnico castigaram o São Paulo. Com dez, a
Universidade do Chile foi perigosa durante quase todo o segundo tempo,
quando apareceu o M1TO Ceni embaixo das traves. O Tricolor só jogou nos
fim do jogo, com alguns bons chutes. No final um resultado extremamente
satisfatório.
Se por um lado a gente comemora (muito) o grande resultado, por outro
foi de assustar as mexidas efetuadas no intervalo. O semblante de
Rogério no apito final foi emblemático. Para mim mostrou a extrema
dificuldade do jogo, porque apesar da derrota, a equipe do Chile é muito
boa e precisa atenção total no jogo de volta. Não podemos tratar com
desrespeito a Sulamericana.
Saudações Tricolores!
Nota dos personagens da partida:
Rogério Ceni Quando precisou ele foi o cara, a lenda… o M1TO! Nota: DEZ!
Douglas Atuou bem, só se perdendo quando virou lateral esquerdo. Mas depois em sua posição original manteve a boa atuação. Nota: 7,5
Rhodolfo Uma grande entregada quase nos complica no início do jogo. Depois levou numa boa. Nota: 6,0
Rafael Tolói Não sentiu a “partida internacional”. Muito bem em todos os quesitos. Nota: 8,5
Cortez Fazia uma partida boa, mas foi agraciado pelo amarelo e não voltou para o segundo tempo. Nota: 6,0
Wellington Para mim de longe o melhor do SPFC no
jogo. A peça do quebra-cabeças que faltava no time. Tenho certeza que se
estivesse em campo no primeiro semestre mordíamos um título. Um
MONSTRO! Nota DEZ!
Denílson Muito bem também, dividindo funções com Wellington. Nota: 8,5
Jadson Fazia uma boa partida. Não o tiraria do jogo. Pela cara dele, nem ele se tiraria, rs Nota: 7,5
Lucas Ótimo primeiro tempo. Na segunda etapa se perdeu no esquema confuso. Nota: 8,5
Osvaldo Idem ao Lucas. Sofreu com o domínio chileno na segunda etapa. Nota: 8,5
Willian José Iluminado, predestinado e matador. No segundo tempo sumiu, mas não apaga a estrela no jogo. Nota: DEZ!
Maicon, Edson Silva e Ademílson Sofreram com a confusão tática promovida no segundo tempo. Prefiro nnao avaliar para não cometer uma injustiça.
Ney Franco Primeiro tempo nota DEZ, pela ousadia em
bancar Willian José mesmo com a desconfiança da torcida, e ao arrumar a
equipe que encaixou muito bem o jogo. Na segunda etapa nota ZERO pela
salada tática que se tornou o Snao Paulo após tantas mexidas de
jogadores e posições. Não culpo a saída de Cortez, mas era só ter
colocado Cícero, que já jogou na esquerda, minimizando as outras
mexidas. Portanto fica com a média 5,0.
Galvão Bueno Menção honrosa ao bom e velho Galvão,
que voltou com tudo no futebol ao narrar o SPFC na Sulamericana. Sempre
deu sorte ao narrar jogos internacionais do Tricolor (desde 92) e fez
questão de falar diversas vezes que o São Paulo tem o DNA de competições
internacionais. Prefiro ele ao Milton Leite e ao Cléber Machado.
Por: Daniel Perrone/Globo Esporte
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