Nação do Maior do Mundo;
O São Paulo perdeu uma boa oportunidade de encostar ainda mais nos
líderes do Campeonato Brasileiro na tarde deste domingo. Com a derrota
no Engenhão, a equipe inicia mal a “perigosa sequência” e tentará buscar
a reabilitação mais uma vez fora de casa, desta vez na Ilha do Retiro.
O primeiro tempo do Tricolor foi muito bom. Mesmo com o pênalti não
convertido (que não minha opinião foi inexistente) a equipe jogou de
igual para igual contra o Flamengo em seus domínios e perdeu as melhores
oportunidades. Mesmo assim era uma equipe coesa e equilibrada, na mesma
filosofia das últimas partidas. Luis Fabiano bateu mal e perdeu mais
uma vez a oportunidade de converter pênalti em gol, mas não pode ser
crucificado. Teve gente que até usou o fato dele concorrer a artilharia
do campeonato para críticas. Oras, ele treina para isso e é o batedor
oficial. Ou pelo menos era até hoje. Cabe ao cobrador decidir se
continua batendo os pênaltis ou não. De mim, apoio total ao artilheiro.
Veio a segunda etapa e sem Luis Fabiano (lesão na coxa, mais uma vez)
Ney Franco mudou o esquema, promovendo Douglas e jogando sem um
atacante fixo, mais ou menos como joga o Brasil nestes últimos tempos.
Não gosto e acredito que a equipe teve muita dificuldade justamente por
causa disso. O São Paulo, sem saída, explorou os contra-ataques. Mas o
Flamengo cresceu e equilibrou o jogo, muito mais anulando o jogo
Tricolor que criando jogadas agudas de gol. Mas o gol rubro-negro saiu,
em uma jogada de bola parada. Com o gol, o Tricolor não tinha outra
alternativa além de atacar. Ney Franco colocou Willian José e Cícero,
mas nenhum dos dois ajudou a equipe a equilibrar taticamente o jogo.
Isso somado as tardes pouco inspiradas de Jadson, Lucas e Osvaldo foram
determinantes.
Quem esperou que eu falasse cobras e lagartos neste post, dançou.
Mesmo com o resultado adverso, a equipe manteve a boa proposta quando
jogou completo e perdeu justamente por circunstâncias do jogo. A derrota
hoje frusta o torcedor mais otimista mas foi justa e deve ser encarada
naturalmente pelo elenco. O time está perto do terceiro colocado. O
Tricolor precisa mesmo é esquecer o resultado no Engenhão e pensar única
e exclusivamente no meio da semana, quando enfrentará a LDU de Loja
(ECU) pela Sulamericana. E só depois ir ao Recife enfrentar de igual
para igual o Sport. Mais uma parada duríssima. Fazer o que? Estamos na
chuva para “nos queimar”.
Saudações Tricolores!
Nota dos personagens da partida:
Rogério Ceni Partida regular, sem tantas participações decisivas. Sem culpa no gol. Nota: 7,0
Paulo Miranda Outra boa partida, principalmente no primeiro tempo, quando foi mais ao ataque. Nota: 7,5
Rhodolfo Partida regular, sem comprometimento. Nota: 6,0
Rafael Tolói Regular também, porém um pouco melhor que seu companheiro. Nota: 6,5
Cortez Bom primeiro tempo. Na segunda etapa atuou mais defensivamente. Nota: 6,0
Wellington Boa partida defensiva, roubando muita
bola. Estava na marcação de Gonzalez no gol rubro-negro, que lhe dá
certa “responsabilidade” no tento. Nota: 6,5
Denílson Boa partida, cumprindo taticamente sua função. Nota: 7,0
Jadson Não estava numa tarde inspirada. Caiu muito
na segunda etapa mas mesmo assim eu não o substituiria. Sem ele ficamos
de vez sem criação. Nota: 4,0
Lucas Outro que não teve inspiração, principalmente na segunda etapa. Nota: 4,5
Luis Fabiano O pênalti poderia ter definido (ou não)
o jogo, mas não foi convertido. Sem muita polêmica… ele estava
confiante, foi bater e telegrafou a bola para o goleiro. Coisa do jogo e
não de teorias extra-sensoriais de alguns torcedores. Me preocupo mesmo
é com a lesão que o tirou do segundo tempo, que desfigurou taticamente a
equipe. O São Paulo não tem substituto para o Fabuloso. Nota: 4,0
Osvaldo Bom primeiro tempo. Na segunda etapa se esforçou mas não brilhou. Nota: 4,5
Douglas Entrou no intervalo, em uma alteração
tática. Não conseguiu ajudar o time a manter o jogo do primeiro tempo
mas o time não conseguiu a mesma eficiência. Nota: 4,5
Willian José e Cícero Também não conseguiram manter o padrão da equipe. Nota: 4,0
Ney Franco Bom primeiro tempo, com a equipe atacando
e merecendo um melhor resultado. Na segunda etapa, sem o atacante fixo,
ousou em um esquema sem homem de área e foi dominado pelo Flamengo.
Tirou ∆adson, que não estava bem, mas aí ficamos sem criação nenhuma.
Além disso as peças que colocou não possuem o mesmo nível dos titulares,
coisa que falamos há muito tempo. Mesmo assim tem crédito pois o
resultado não é catastrófico e o jogo decidido nos detalhes. Teremos
melhor sorte nos próximos jogos. Nota: 6,0
Por: Daniel Perrone/Globo Esporte
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