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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Raí diz que Lucas sofrerá pressão dobrada por título e para justificar investimento de R$ 108 mi

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“Todos os olhos vão estar voltados para ele. Vamos ver qual vai ser a sua reação”
afirmou Raí sobre os próximos meses de Lucas com a camisa tricolor



Pressão na saída e na chegada. Por um título e por resultados que justifiquem um investimento considerado por muitos um absurdo. É com isso que o meia-atacante Lucas, 20 anos recém-completados, terá de conviver nos próximos meses. A opinião é do ex-jogador Raí, ídolo tanto do São Paulo quanto do Paris Saint-Germain.

Na semana passada, o clube francês aceitou pagar R$ 108 milhões para contar com Lucas em 2013. A transação se tornou a mais cara do futebol brasileiro. Quando deixar o São Paulo, o meia-atacante vai começar uma trajetória semelhante à do antigo camisa 10. Em 1993, aos 28 anos e já multicampeão (dois Paulistas, duas Libertadores e um Mundial), Raí deixou o Morumbi para fazer carreira no Parc des Princes, estádio onde o PSG manda seus jogos.

Lucas terá duas oportunidades de ganhar seu primeiro título: no Brasileirão ou na Copa Sul-Americana. “Todos os olhos vão estar voltados para ele. Vamos ver qual vai ser a sua reação”, afirma Raí sobre os próximos meses de Lucas com a camisa tricolor.

Em entrevista ao UOL Esporte, o ex-jogador disse acreditar que o garoto saberá lidar com a pressão por resultados na reta final do Brasileiro. E que terá de ralar para provar que a caríssima aposta feita pelos franceses não foi um desperdício de dinheiro.

Raí também comentou sobre a irregularidade que o São Paulo vem apresentando na atual temporada. “Espero que o time comece a mostrar um padrão de jogo. Foi isso o que faltou nos últimos tempos”, diz o ex-atleta.

UOL Esporte: O que o Lucas vai encontrar no PSG?
Raí: São duas coisas: uma cobrança muito grande, uma pressão enorme com relação ao retorno do investimento que foi feito nele. Todos estão esperando performance, por causa dos números altos. Então, aumenta a expectativa sobre ele. Mas o lado positivo é que o Paris Saint-Germain tem uma torcida com muita identidade com brasileiros. Eu mesmo fiz parte disso. Eles têm um desejo muito grande de ter brasileiros no time. O Lucas vai ter uma receptividade enorme. É claro que a imprensa vai cobrar muito. Mas a torcida vai recebê-lo muito bem.  É um bom ambiente para começar. Até hoje quando eu vou lá todo mundo pede jogadores brasileiros, pergunta se tem algum disponível. Tem essa cultura deles de gostarem dos jogadores daqui. E hoje, eles têm vários no elenco. Além, claro, de o principal dirigente ser brasileiro [o ex-lateral Leonardo], o que também facilita as coisas.

UOL Esporte: Lucas vai sair do Brasil com 20 anos. Você foi mais tarde, aos 28. Não é melhor deixar o país com mais maturidade?
Raí: Hoje, ir para fora muito cedo é mais comum, eles já estão acostumados. Essa negociação foi boa pro Lucas porque é um projeto novo o do Paris Saint-Germain. E a França é um país que tem mais a ver com estilo dele do que a própria Inglaterra [O Manchester United fez duas propostas para contratá-lo]. Vai se revelar uma boa estratégia para ele ter uma boa adaptação ao futebol europeu e depois ter outras experiências em outros países.
UOL Esporte: Quando você saiu do São Paulo, já tinha vários títulos, já era campeão mundial. O Lucas não foi campeão ainda. A possibilidade de deixar o clube sem ter conquistado um título pode pesar na cabeça dele?
Raí: Com certeza existe uma expectativa em relação a ele pela fase irregular pela qual o São Paulo está passando. Todo mundo espera que a presença dele até o final do ano tenha importância maior na obtenção do resultado. Mas ele é jovem, e a responsabilidade tem que ser dividida com o restante do elenco, não pode ficar tudo em cima dele.
UOL Esporte: Tem gente que diz que a pressão sobre ele vai aumentar nesses últimos meses no Brasil. Na primeira atuação ruim, a torcida pode pegar mais no pé dele porque ele já está vendido, podem achar que ele já está com a cabeça na Europa...
Raí:
Todos os olhos vão estar voltados para ele. Vamos ver qual vai ser a sua reação. Pelo que eu conheço do Lucas, ele tem uma cabeça muito boa, foi inclusive um dos motivos que fez o Paris Saint-Germain se empenhar tanto na sua contratação. Acho que isso [a pressão maior] não vai afetar negativamente. Comigo aconteceu parecido. Claro que eu já era mais maduro. Mas, no meu caso, fui vendido em janeiro [de 1993] e fiquei até o fim do ano e conquistamos uma Libertadores.

UOL Esporte: O Alex Ferguson [técnico e cartola do Manchester United, que perdeu a concorrência por Lucas] disse que o futebol parece ter ficado maluco depois da contratação de um garoto de menos de 20 anos por R$ 108 milhões. Não é uma quantia muito alta para uma aposta?
Raí:
Isso mostra que foi uma negociação muito boa para o São Paulo. Existem alguns clubes que estão tendo uma injeção de investimento acima dos valores do mercado, e isso acaba inflacionando mesmo o preço dos jogadores. Essa negociação mostra como esse mercado está aquecido para alguns grandes clubes. Realmente, é um investimento alto para um jogador jovem, mas eu acredito que o Lucas vai dar retorno, vai ter resultados. Acontece que, para conseguir levar o Lucas, existe uma concorrência grande. Isso acabou elevando o valor. Foi uma questão de mercado. Como os grandes nomes estão muito disputados, os clubes acabam tendo que pagar mais do que imaginavam.
UOL Esporte: Críticos dizem que, em um momento de crise econômica na Europa, os clubes de futebol deveriam ter uma politica de mais austeridade, de contenção de custos...
Raí:
No caso do Paris Saint-Germain, é um investimento que tem uma fonte lícita e que vem do exterior [de um fundo de investimento do Qatar]. No final das contas, para a França acaba sendo um dinheiro investido no país porque tem imposto sobre a contratação, sobre o salário. Por mais que soe algo contraditório com relação à crise econômica, é um dinheiro que está vindo de fora e acaba contribuindo com a economia do país.
UOL Esporte: O Lucas vai chegar à França no meio da temporada europeia.  Você não acha que ele pode ter mais dificuldade pra encontrar espaço em um time já montado?
Raí:
O nível de jogadores que o Paris Saint-Germain contratou é muito alto e eles são experientes, têm qualidade. Isso vai diluir um pouco a responsabilidade do Lucas. Em clubes desse nível, é normal que um jogador recém-chegado vá se adaptando aos poucos, que participe de alguns jogos e de outros não. Tem um sistema de rodízio que é natural, que possibilita ao time se dividir em duas ou três competições. Se fosse uma equipe com poucas estrelas, haveria um peso maior sobre o Lucas.

UOL Esporte: Uma conversa entre o Leonardo parece que foi fundamental para ele ter aceitado ir ao PSG. Você conversou com o Leonardo antes ou depois da contratação?
Raí:
Conversei com ele quando ele estava finalizando a negociação. Eles estavam muito interessados. Acho que estão montando um projeto ambicioso e que atrai. O Lucas vai chegar já numa equipe muito bem estruturada, bem montada pelo Leonardo e pela comissão técnica. É um clube com menos tradição na história do futebol, e o Leonardo está montando um projeto para torná-lo maior e dar mais visibilidade à equipe.
UOL Esporte: E sobre o atual momento do São Paulo? O time conseguiu algumas boas vitórias, mas também teve derrotas frustrantes, como a do último domingo para o Grêmio. Qual a avaliação que você faz do trabalho do Ney Franco?
Raí:
É cedo para falar. Ele ainda não teve tempo de mostrar, na prática, se o trabalho que está fazendo no dia a dia terá resultado. Mas é um bom treinador. Daqui a um mês, dois no máximo, vai dar para avaliar melhor. Eu, como todo torcedor são-paulino, espero que o time comece a mostrar um padrão de jogo, que melhore do ponto de vista tático. Acho que foi isso o que faltou ao São Paulo nos últimos tempos: encontrar equilíbrio e padrão de jogo, ter mais entrosamento. Isso não aconteceu ainda e é uma das causas dessa irregularidade toda.

UOL Esporte: Você é a favor do esquema 3-5-2 que Ney está implantando?
Raí:
Eu gosto bastante desse esquema tático e acho que, se é bem montado, pode dar mais solidez ao sistema defensivo. E, a partir daí, o time se sentir mais à vontade e conseguir os resultados.
UOL Esporte: No começo do ano, você entregou a sua camisa 10 ao Jadson. Ele esteve em todos os jogos do São Paulo no Brasileirão, tem dado algumas boas assistências, mas parece que ainda não convenceu a torcida de que é o articulador ideal para o meio-campo. Como você o avalia?
Raí:
A adaptação do Jadson está sendo um pouco mais longa do que normalmente seria por causa da situação do time de uma maneira geral. A equipe não tem apresentado regularidade, e os jogadores hoje não conseguem render bem, não podem se destacar, se o conjunto não estiver funcionando. É claro que o time precisa de um rendimento maior dele, mas o Jadson também precisa que o time ofereça mais consistência para que ele faça crescer sua produção.

Fonte: UOL Esporte

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