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Nação do Maior do Mundo;
Mais uma partida que entra para a série “Jogos que matam o torcedor
de vergonha”. Atuando muito abaixo da expectativa, o São Paulo foi
dominado pelo Náutico e deixa Recife com um indigesto 3×0 na bagagem. É a
terceira derrota seguida do aglomerado de Ney Franco e o maior placar
adverso diante do time pernambucano na história.
O primeiro tempo do São Paulo foi bem semelhante ao da derrota diante
do Atlético GO no Serra Dourada, com exceção de um detalhe: Em Goiânia o
time local aproveitou todas as chances que teve. Já o Náutico ainda
perdeu um gol feito logo nos primeiros minutos com Araújo cara a cara
com o gol de Rogério Ceni. Mas não demorou muito tempo para os donos da
casa converterem as oportunidades em cima de um desorganizado e inócuo
São Paulo. Inócuo em todas as vértices e sentidos.
Veio a segunda etapa e as coisas só pioraram. Além de ter feito o
terceiro gol, fruto de uma saída bizarra do M1TO, o Náutico não teve em
nenhum segundo sua vida complicada pelos são-paulinos. E para complicar
ainda mais o ridículo futebol, Ney Franco foi obrigado a improvisar a
lateral direita e ainda colocou Willian José em campo no lugar do meia
Jádson. Era a deixa para muita gente apertar o “OFF” do controle remoto.
Enfim, o apito final que foi quase uma extrema unção nos Aflitos e a
certeza de uma atuação bisonha de todos os setores do time: Começando
pela bagunçada defesa (com João Felipe substituído aos dez minutos após
levar um amarelo ridículo), passando pelo meio de campo estéril e
terminando ao ataque sem nenhuma força. Um perigoso desafio aos
Tricolores cardíacos.
Como estamos dizendo desde o primeiro jogo do campeonato, o São Paulo
é isso aí. É o elenco limitado que a diretoria de nosso clube nos deu.
Estamos desfalcados no ataque? Sim, mas esse meio de campo é o que temos
de melhor no momento. Ou alguém acredita que Wellington e Cañete, que
estão saindo de contusões delicadas, virarão o jogo? O futuro está
desenhado: Se não acontecer nenhum evento anormal (para o bem ou para o
mal) a tendência é lutarmos pelo sexto lugar, ás vezes caindo para
sétimo ou oitavo, ás vezes subindo para a quinta colocação. Que os
jogadores queimem a minha língua e saiam como heróis com uma vaga na
Libertadores. É o que eu mais quero… mas tá difícil.
O G4, amigos, está muito… muito distante da nossa realidade.
Saudações Tricolores!
Nota dos personagens da partida:
Rogério Ceni Algumas boas defesas, sem culpa nos
dois primeiros gols e uma saída horrorosa no terceiro tento do Náutico.
Foi o gol “105″ da carreira do nosso M1TO, que ainda não recuperou
totalmente o ritmo de jogo. Nota: 6,5 (ídolo no SPFC nunca receberá nota
menor deste blogueiro)
Douglas Apenas 15 minutos de um futebol decente. Depois… até fintado em gol foi. Nota: 2,0
Rafael Tolói Cometeu pênalti e não deu segurança a zaga. Nota: 3,0
Rhodolfo Inseguro e naturalmente nervoso, face a draga defensiva. Nota: 2,5
João Filipe Saiu aos dez do primeiro tempo, amarelado. Ficar sem nota é lucro.
Cortez Outro que não subiu ao ataque, mesmo com a timidez de Douglas. Nota: 3,0
Denílson Fez o que pôde, até no ataque foi, mas não foi o suficiente. Nota: 4,5
Casemiro Entrou para ser o terceiro zagueiro, mas com a desvantagem no placar, jogou avançado. Nota: 4,0
Maicon Futebol esterilizado no meio-campo. Nota: 2,5
Jadson Anulado por Eli Carlos, só ofereceu perigo nas bolas paradas. Nota: 3,5
Ademílson O único chute de perigo aconteceu aos 44 minutos do segundo tempo. Fraca atuação. Nota: 2,0
Cícero Não é do ramo, apesar de colaborar entrando no lugar de Willian José. Nota: 3,0
Paulo Assunção Não considero sua entrada na lateral um improviso. É uma “garibada”. Nota 4,0
Willian José Perdeu um gol feito, que não iria ajudar no jogo mas poderia dar mais moral a ele. Nota: 4,5
Ney Franco Vendo nosso técnico de mãos atadas com o
elenco que tem e o momento do time, me lembro que vai estrear o remake
do filme “O Vingador do Futuro”. Seria Ney Franco o “Burro do Futuro” e
ser apontado como responsável por mais uma má temporada do São Paulo sem
ser o verdadeiro culpado? A tendência é essa. Já falei isso na gestão
de Leão, que teve sua parcela de culpa mas que não pode ser
responsabilizado pelo primeiro semestre, como muita gente aponta. Caio
Ribeiro falou com muita propriedade nos comentários da Globo: O maior
problema é termos um meio campo com pouco fogo, que está tomando surra
até do Náutico, com todo o respeito aos pernambucanos que não irão cair.
E Willian José de única opção no ataque? Paulo Assunção na lateral?
Não, não é só problema de lesões ou convocações. O fato é que nossa
diretoria até agora não repetiu o sucesso dos elencos de 2005, 2006,
2007, 2008 e até 2009. Perdeu a fórmula, com muitas promessas e poucas
soluções. Estamos falando disso desde o primeiro jogo. E Ney agora fica
vendido… Ah, a nota dele hoje? 4,0
Por: Daniel Perrone/Globo Esporte

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