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Há cinco anos, lateral-esquerdo do Tricolor tinha outra posição, outro nome e foi deixado de lado por paraenses. Revanche?
Cortês, Cortez ou Bruno Carioca? Ou ainda Bruno Negão? Lateral-esquerdo ou meia? Com “z” e status de jogador de Seleção Brasileira, o camisa 6 é uma das melhores opções do São Paulo para vencer o Independente-PA, a partir das 22h, na estreia da equipe paulista na Copa do Brasil.
Mas nem sempre foi assim. Em 2007, com outro nome e posição, o meia Bruno Carioca chegou ao Paysandu. Aos 19 anos, teve problemas de adaptação e fez só um jogo.
Jogo para esquecer. Cortez entrou no intervalo e, cansado, saiu após 20 minutos. Ficou até o fim da partida vomitando no vestiário.
Cortez foi ao Papão porque treinava na escolinha do ex-jogador e atual técnico Arthurzinho. Miguel Couto, falecido em 2009, era o presidente do clube paraense. Com boa relação no Rio, buscou o então meia. Para Cortez, o que pesou contra foi mesmo o contrato, que tinha problemas e o atrapalhou.
– Eu fazia muito gol, mas no Paysandu não deu para mostrar porque só fiz um jogo. Sempre ia para cima dos zagueiros, como referência para quem estava no ataque – contou ao LANCENET!, em Belém.
– Eles queriam um meia para chegar ao ataque, daí me buscaram. Tive problema no contrato, treinei separadamente e voltei para o Rio de Janeiro – completou.
Cortez só foi brilhar mesmo no Mangueirão com a camisa da Seleção, no ano passado, diante da Argentina. Apesar da curta passagem por Belém, o jeito simples e fácil de fazer amizades lhe proporcionou bom relacionamento no local. Por isso, garante que vai se sentir à vontade no jogo.
Superadas as dificuldades, Cortez quer fazer história no Tricolor. Sem poder ousar tanto como no passado, tem liberdade para subir sempre. É o melhor dos reforços contratados para 2012 e sonha com o primeiro gol pelo clube.
BATE-BOLA
Cortez, em entrevista exclusiva ao LANCENET!, no hotel do São Paulo em Belém-PA
L!: Como foi a passagem pelo Paysandu, em início de carreira?
Foi uma experiência boa em Belém, com o Robgol e outros jogadores. Aprendi muito, mas não tive oportunidades. Tive problema no contrato, o pessoal tentou arrumar, mas não conseguiu, então voltei para o Rio. Mas guardo boas recordações e me sinto à vontade.
Foi uma experiência boa em Belém, com o Robgol e outros jogadores. Aprendi muito, mas não tive oportunidades. Tive problema no contrato, o pessoal tentou arrumar, mas não conseguiu, então voltei para o Rio. Mas guardo boas recordações e me sinto à vontade.
L!: Por que não deu certo?
Acho que foi mais pelo contrato, que não ficou legal. Aí só treinava, a diretoria não conseguia regularizar, então meu empresário pediu para voltar. Tinha erro em um vínculo antigo e não resolveram.
Acho que foi mais pelo contrato, que não ficou legal. Aí só treinava, a diretoria não conseguia regularizar, então meu empresário pediu para voltar. Tinha erro em um vínculo antigo e não resolveram.
L!: Qual a diferença daquele Cortez para o do São Paulo?
Naquela época estava começando a jogar futebol, em um clube de massa, e depois fui para outros lugares e comecei a ser lateral, como já era desde pequeno. Agora estou com mais experiência, amadurecendo e só tenho a agradecer pelo passado.
Naquela época estava começando a jogar futebol, em um clube de massa, e depois fui para outros lugares e comecei a ser lateral, como já era desde pequeno. Agora estou com mais experiência, amadurecendo e só tenho a agradecer pelo passado.
L!: Não se adaptou em Belém?
Morava perto da rodoviário. Eu, Ricardo Oliveira e Acelino, mas não era muito de sair. Ficava tranquilo e descansando. Era perto do Papão, então ia caminhando. Quando era para ir mais longe, pegava carona de carro. Mas gostava da cidade.
Morava perto da rodoviário. Eu, Ricardo Oliveira e Acelino, mas não era muito de sair. Ficava tranquilo e descansando. Era perto do Papão, então ia caminhando. Quando era para ir mais longe, pegava carona de carro. Mas gostava da cidade.
L!: Como será voltar ao Mangueirão, onde foi bem com a Seleção?
Nunca tinha jogado no Mangueirão, aquela foi a primeira vez. Fiquei feliz, não pude jogar pelo Paysandu, mas foi bom pelo Brasil. Estou trabalhando para fazer meu melhor e ajudar. Foi minha primeira oportunidade, mas pelo Botafogo também fui bem. Tinha de agarrar e foi um dos melhores jogos
Nunca tinha jogado no Mangueirão, aquela foi a primeira vez. Fiquei feliz, não pude jogar pelo Paysandu, mas foi bom pelo Brasil. Estou trabalhando para fazer meu melhor e ajudar. Foi minha primeira oportunidade, mas pelo Botafogo também fui bem. Tinha de agarrar e foi um dos melhores jogos
L!: Quando passou por Belém, chegou a conhecer o Independente?
Não conhecia, no estadual não vi. Acho que nem disputaram, só a Segunda Divisão, então não os encontrei quando joguei em Belém.
Não conhecia, no estadual não vi. Acho que nem disputaram, só a Segunda Divisão, então não os encontrei quando joguei em Belém.
O CONTRATO DE CORTEZ NO PAYSANDU
Passagem relâmpago
Sem nenhum tipo de empresário ou agente intermediando o negócio, Cortez assinou contrato com o Paysandu em janeiro de 2007 com duração de cinco meses. Durante a passagem, o jogador, que tinha 19 anos, ganhou R$ 1 mil mensais. No acordo estabelecido com o clube, a cláusula de rescisão para venda do atleta era de R$ 3 mil, tanto para times do Brasil quanto os estrangeiros. No fim, após passagem bastante apagada, o jogador foi liberado para voltar ao Rio de Janeiro (RJ). O próprio Paysandu disponibilizou a cópia do contrato à reportagem.
Sem nenhum tipo de empresário ou agente intermediando o negócio, Cortez assinou contrato com o Paysandu em janeiro de 2007 com duração de cinco meses. Durante a passagem, o jogador, que tinha 19 anos, ganhou R$ 1 mil mensais. No acordo estabelecido com o clube, a cláusula de rescisão para venda do atleta era de R$ 3 mil, tanto para times do Brasil quanto os estrangeiros. No fim, após passagem bastante apagada, o jogador foi liberado para voltar ao Rio de Janeiro (RJ). O próprio Paysandu disponibilizou a cópia do contrato à reportagem.
DE BRUNO A CORTEZ
Bruno
No começo da carreira, o lateral era conhecido só por seu primeiro nome.
No começo da carreira, o lateral era conhecido só por seu primeiro nome.
Bruno Carioca
Chegando ao Paysandu, passou a ser chamado pela imprensa pelo apelido.
Chegando ao Paysandu, passou a ser chamado pela imprensa pelo apelido.
Bruno Negão
Também nos meses no Papão, a torcida e seus colegas deram-no outro apelido.
Também nos meses no Papão, a torcida e seus colegas deram-no outro apelido.
Bruno Cortês
De volta ao Rio, o camisa 6 começou a ser conhecido pelo sobrenome.
De volta ao Rio, o camisa 6 começou a ser conhecido pelo sobrenome.
Cortez
Já no São Paulo, pediu à imprensa para que mudasse a grafia do sobrenome. O Bruno foi totalmente abolido.
Já no São Paulo, pediu à imprensa para que mudasse a grafia do sobrenome. O Bruno foi totalmente abolido.
Muuuuuuito boa a matéria. parabéns!
ResponderExcluirObrigado pelo elogios o blog foi feito pra todos os fanáticos pelo tricolor, se puder, depois mande fotos de vc no jogo que postaremos aqui no blog para todos os sãopaulinos visitantes apreciar...
ExcluirGrande Abraço!