Em um mês, Leão faz mudanças pontuais no Tricolor

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Leão só tem mais dois jogos assegurados pelo clube, entre outras coisas, 

acabou com rachão e biribol

Emerson Leão chegou ao São Paulo dia 24 de outubro e nesta quarta-feira completa um mês de trabalho. Pouco tempo? Para o técnico, diante das necessidades, suficiente para mudar coisas pontuais em relação ao comportamento do elenco.

Leão acabou com os rachões (praxe na véspera dos jogos) e biribol (vôlei na água das reapresentações). Trocou ambos por mais trabalho “duro” dentro no campo.

– Vi como necessidade para o momento, mas gosto de estar com os atletas no gramado. Acho importante esta participação. Também acabei com a musculação. E fiz outras coisas que vocês (jornalistas) não precisam saber – revelou o técnico, após treino da manhã de ontem.

Para o comandante, com o fim da temporada, não é mais necessário trabalho de reforço muscular. Isso porque, não quer ver ninguém com dores. Não é momento de reclamações, mas sim de doação física. O famoso ”migué”, vocabulário comum entre os jogadores quando alguém, por preguiça ou má vontade, deixa de fazer atividade, com o veto da musculação fica menos frequente. E ninguém se “muda” para o Reffis.

Não foi só no cotidiano que Leão mostrou suas garras. Com Rogério Ceni, sem explicar o real motivo, aconselhou o capitão que não jogue mais com camisa rosa, que faz parte da nova linha do fornecedor de material esportivo desde o início deste ano. 

Mas, principalmente, não quer ver seu capitão com o pensamento fora de algo diferente do que os objetivos do Tricolor para este fim de ano. Leão sabe da importância do seu goleiro. E não quer perder uma gota de suor dele que não seja com o Brasileirão.

Na base da conversa com quem precisa de atenção, também implantou sua filosofia. Rivaldo não fez mais reclamações públicas por ficar no banco. Dagoberto não chiou por viajar para Curitiba sem entrar um minuto sequer contra o Atlético-PR. Com Lucas, que recebeu o terceiro cartão amarelo diante do América-MG, ao invés de bronca, como aconteceu com Luis Fabiano, silêncio:

– Às vezes o silêncio é muito pior do que qualquer bronca. Fica dois dias sem falar com sua mulher, sendo você o culpado, para ver como é.

Aos poucos, e agora com menos de duas semanas para mostrar que pode ficar para 2012, Leão implanta sua filosofia. O aproveitamento (39%) ainda não é o ideal. Mas a vaga para Libertadores pode mudar tudo.

Nova filosofia

Adeus, camisa rosa:

Entre as camisas de goleiro lançadas pela Reebok este ano, uma é rosa. Leão não quer que Rogério a use mais. Sábado, contra o América-MG, o camisa 1 teve de pegar emprestada uma azul do reserva Leonardo. Ele só tinha levado uma preta para o campo.

Atenção especial:
Leão conversou com Rivaldo e explicou a importância dele para o grupo. Mesmo jogando pouco, o meia não reclamou mais publicamente. Dagoberto, Lucas e Luis Fabiano foram outros com quem o técnico falou.

Novas brincadeiras:
O treinador faz brincadeiras no campo, mas com situações em que trabalha a parte técnica. Coletivo ao invés do rachão (véspera de jogo) e trabalho no campo no lugar do biribol (vôlei na água, em dia pós-jogo).

Chega de musculação:
No fim de ano, atletas reclamam de dor e vão para musculação. Com Leão, nada de trabalho na academia. Só para quem está realmente lesionado.

Troca de jogadores:
Com Leão, Jean e Fernandinho voltaram a ser titulares. João Filipe, que tinha moral com Adilson, perdeu espaço para Xandão e Bruno Uvini. O treinador também chegou a barrar Juan, que recuperou a vaga.

Fonte: LANCENET!