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Nação do Maior do Mundo;
Jogo irreconhecível do São Paulo em Lins. Além de deixar de fazer história com doze jogos de vitórias e perder uma simbólica (mas relevante) liderança na primeira fase, a equipe conseguiu colocar de volta a pulga atrás da orelha do torcedor. A garra, tão comum na equipe neste semestre, não esteve presente em nenhum momento no interior do estado.
As ausências de Casemiro, Cícero e Fernandinho foram o que menos contribuiram para a derrota no último jogo da fase classificatória do Paulistinha. Os erros do técnico Leão e a apatia dos principais atletas tricolores determinaram o justo placar. Na minha opinião o nosso técnico escalou mal e substituiu pior, com exceção de Rafinha, que para a surpresa de muitos foi o único que realmente mostrou empenho dentro de campo. Mas foi pouco. Na hora “H” faltou personalidade ao elenco, principalmente aos que levam mais responsabilidade.
Lucas não fez nenhuma jogada característica, Luis Fabiano trombou com Willian José no ataque, Cortez foi uma negação em campo e Jadson, tirando a assistência açucarada no gol, não deu bom andamento em nenhum lance de bola correndo.
O primeiro tempo foi razoável, porém duas falhas de marcação determinaram a vantagem do Linense. Quando a torcida esperava mais uma partida de superação no segundo tempo veio a decepção. Apesar do domínio territorial, a única bola certa no gol do Linense foi nos acréscimos, com Maicon. De resto só atrapalhada de ponta a ponta. Pior que isso, a apatia coletiva, algo que não é tolerável. O time não foi contundente e parou na marcação eficiente da equipe de Pintado. Esse sim, um cara que eu respeito, volante de primeira categoria, campeão de tudo pelo Maior do Mundo.
A responsabilidade da derrota é coletiva, mas deve ser amplificada aos jogadores mais talentosos do time.
Agora teremos uma semana toda para trabalhar forte e apagar esta última partida. O Bragantino é o próximo adversário a ser superado, desta vez em um jogo no Morumbi. Luis Fabiano, que foi mal em campo, já ligou o sinal de alerta: De agora em diante é proibido errar. Agora começou o campeonato de verdade.
Saudações Tricolores!
Nota dos principais personagens da partida:
Denis Sem culpa nos gols. Boas defesas no jogo. Nota: 7,0
Piris Um jogo vergonhoso para um atleta que é lateral da seleção de seu país. Apesar de se lançar mais ao ataque, cruzou com deficiência em todos os lances. Nota: 2,5
Paulo Miranda Partida ruim. Mas esse é fraco mesmo, está na sua normalidade. Nota: 2,5
Rhodolfo Mais um gol para sua artilharia. Mas falhou no segundo gol do Linense. Nota: 6,0
Cortez Irreconhecível. Tímido no ataque e confuso na defesa. Falhou no segundo gol do Linense. Nota: 3,0
Denílson Fez uma boa partida, principalmente no primeiro tempo. Nota: 6,5
Maicon Lento, nem de longe conseguiu fazer a função que é de Cícero. Nota: 4,0
Jadson Segundo tempo inexistente, mesmo assim não deveria sair do jogo. Confirma o talento em bola parada com a ótima assistência para o gol de Rhodolfo, mas a apatia do segundo tempo preocupa. Nota: 4,0
Lucas Hoje não foi nem sombra do que joga. Nenhuma jogada ao seu estilo. Nota: 3,0
Luis Fabiano Péssimo em campo. Na segunda etapa foi atrapalhado pelo Willian José. Nota: 3,0
Osvaldo Jogou um só tempo, não criando nem concluindo nenhum lance. Nota: 3,0
Willian José Entrou para atrapalhar de vez o ataque tricolor. Nota: 4,0
Rafinha O único que tentou fazer alguma coisa. Boas investidas pela esquerda. Nota: 7,0
Rodrigo Caio Entrou para tentar consertar a direita. Teve pouco tempo para jogar. Sem nota.
Leão Errou na escalação e nas substituições. Mas o pior de tudo foi ver o seu time, tão acostumado a ter raça e brio, sucumbir de maneira ridícula diante do Linense. Espero que isso tenha sido apenas um lapso no meio do campeonato, fruto de um relaxamento que não deveria acontecer. A semana tem que ser de muito trabalho e puxão de orelhas. Como um jogo pode acabar com a segurança de uma sequência tão boa? Simples: Foi o primeiro que valia alguma coisa, ainda que pouca. Nota: 4,0
Por: Daniel Perrone/Globo Esporte
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