Tricolor recebe cerca de R$ 23 milhões por ano com patrocinador
O patrocínio da Caixa ao Corinthians foi mal digerido por dirigentes
do São Paulo. Eles somam o novo contrato ao envolvimento de BNDES,
Banco do Brasil e prefeitura com o estádio corintiano. A avaliação é de
que essa combinação faz do alvinegro o time do Governo. E que os
concorrentes ficam de mãos abanando.
Há também desconforto provocado por um flerte estéril entre a Caixa e
o clube do Morumbi. Segundo dirigentes tricolores, no começo do ano, um
emissário do banco sondou o São Paulo. Mas o interesse morreu no mesmo
dia do primeiro contato.
Pela versão são-paulina, o negócio não avançou porque contratos só
poderiam ser assinados com clubes de cidades em que funcionários da
prefeitura recebem os salários em contas da Caixa. Não é o caso de São
Paulo.
O site do banco diz que Avaí e Atlético-PR foram os primeiros times a
firmarem parceria com ela como parte da estratégia de relacionamentos
com cidades e Estados com os quais a empresa possui “convênio de folha
de pagamento”.
Procurada pelo blog, a assessoria de imprensa do banco, em
Brasília, declarou que o acordo do Corinthians integra uma nova etapa.
Nela, não é necessário que a cidade da equipe escolhida mantenha o
convênio salarial com a empresa pública.
A assessoria, porém, disse que não poderia confirmar a sondagem ao
São Paulo já que o escritório na capital paulista estava fechado no
feriado.
O twitter foi o espaço escolhido por cartolas e conselheiros
são-paulinos para demonstrar sua insatisfação. “O patrocínio da CEF
(Caixa Econômica Federal) é descaradamente pool político”, escreveu Roge
David, ex-diretor de marketing do São Paulo. Ele estava no cargo na
época em que houve a aproximação do banco.
“Revoltante, já fizeram o estádio”, foi uma das manifestações de
Julio Cesar Casares, vice de marketing do São Paulo em sua conta.
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Por: Ricardo Perrone/UOL
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