Nação do Maior do Mundo;
O São Paulo conseguiu um bom resultado na partida de ida da semifinal
da Copa Sulamericana. O empate com gols faz com que a equipe tenha a
vantagem do empate sem gols no Morumbi. Mas o desempenho da equipe,
principalmente nos arremates a gol, deixou muito a desejar e o Tricolor
volta para casa com um empate com gosto de derrota.
Este é o típico jogo para ferrar com a vida de qualquer blogueiro. Se
a gente analisa apenas pelo resultado, com o gol fora de casa, metade
dos leitores irão reclamar. Se a gente concluir que a equipe poderia ter
sepultado o adversário já no primeiro tempo, tamanha a quantidade de
gols perdida ao longo da partida, a outra metade dos leitores reclamará.
Todo mundo tem razão. O tricolor volta um bom resultado no Chile, mas
faltou encaminhar de vez a classificação diante de um adversário bem
limitado.
O primeiro tempo foi como um bom vinho chileno. A equipe se impôs e
amarrou a Catolica dentro de seu campo, com toque de bola e uma boa
marcação. Fizemos um gol com Tolói mas perdemos um caminhão de jogadas
agudas. Mas ficou uma boa impressão dentro de campo. O jogo estava
dominado e o adversário acuado, sem nenhuma chance de gol.
Já a segunda etapa foi um verdadeiro vinagre. Sem saída, o técnico
chileno substituiu um jogador defensivo por um ofensivo e lançou sua
equipe ao ataque. O que poderia ser a chave para uma saraivada de gols
do Tricolor acabou virando um suplício para o torcedor. O São Paulo
aceitou a proposta dos donos da casa, cedeu a posse de bola e viveu de
poucos contra-ataques. As poucas boas jogadas foram desperdiçadas no
arremate final dos atacantes. Faltou precisão, capricho. De tanto
insistir, os “católicos” fizeram o gol de empate, em um lance isolado,
mas com uma falha grotesca da defesa. Minutos antes, Ney Franco havia
substituído Lucas (gripado, pediu para sair segundo o técnico) por
Ganso. E o jogo ficou igual até seu apito final.
Rogério Ceni definiu em poucas palavras o que foi o jogo: “Faltou
mais objetividade no segundo tempo. No final demos graças a Deus que o
juiz apitou o fim da partida”. Ele tem razão. Apesar do bom resultado,
mais uma vez vimos uma equipe “verde” para vôos mais altos, como a
Libertadores do ano que vem. Estava fácil matar os dois jogos em
Santiago.
Saudações Tricolores!
Nota dos personagens da partida:
Rogério Ceni Não fosse o gol seria um mero espectador do jogo. Nota: 7,5
Paulo Miranda Agradou na lateral. Participou bem do sistema defensivo. Nota: 6,5
Rhodolfo Ótimo primeiro tempo, com assistência para gol. Na segunda etapa faltou no gol chileno. Nota: 5,5
Rafael Tolói Gol importantíssimo para os 180 minutos de duelo. Seguro, mesmo contundido. Nota DEZ!
Cortez Bom jogo, marcando bem e saindo rapidamente ao ataque. Nota: 7,0
Wellington O São Paulo 2012 se divide em ‘pré-Wellington e pós-Wellington’. Leão. Nota: 7,5
Denílson Bom jogo. Sofreu no segundo tempo com o maior volume de jogo do adversário. Nota: 7,0
Jadson Um primeiro tempo quase perfeito. Até bola na trave teve. Já o segundo tempo discreto. Nota: 8,0
Lucas Entortou como quis os adversários até pedir para sair. Merecia um gol. Nota: 8,5
Luis Fabiano Péssima noite. Nervoso e pouco efetivo. Nota: 5,0
Osvaldo Rápido e incisivo, porém mal na finalização. Perdeu gols que poderiam ter decidido o jogo. Nota: 6,0
PH Ganso Entrou no jogo e, apesar do toque refinado, ainda falta ritmo e entrosamento. Nota: 6,0
Douglas Sem nota.
Ney Franco Não dá para culpar a mexida do treinador
depois de saber que o Lucas pediu para sair, nem mesmo a quantidade de
gols perdida neste jogo pelos jogadores que treina. Mas dá para por na
conta o efeito vinho/vinagre que a equipe sofreu, começando imponente e
terminando dominado. Não dá para entender uma diferença tão grande entre
os dois tempos de jogo. Nota: 6,0
Por: Daniel Perrone/Globo Esporte
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