Nação do Maior do Mundo;
Que joguinho horroroso. Porém, mesmo atuando muito abaixo da
expectativa de seu torcedor, o São Paulo volta com um resultado
satisfatório para a segunda e decisiva partida das oitavas de final da
Copa Sulamericana, torneio que premia o vencedor com uma vaga na
Libertadores do ano que vem.
Não sei o se é pior viajar por vinte horas, com três conexões e mais
um difícil trajeto de ônibus para chegar ao destino da partida ou jogar
do jeito que jogamos nessa noite de quarta-feira. Não esperava um baile
em gramados equatorianos até pelo cansaço e os 2.000 metros de altitude,
mas o São Paulo tinha obrigação de fazer um jogo melhor contra o
modesto LDU. Pelo menos mais equilibrado taticamente. Não fez. A equipe
errou muito, tanto individualmente e coletivamente e pagou com o empate
quando a vitória seria normal pela qualidade do elenco que tem. Os
laterais foram um desastre (digo Cortez e depois Douglas, já que Paulo
Miranda apenas cobriu defensivamente o setor), o meio jogou ‘frouxo’ na
marcação, os criativos desapareceram e o ataque viveu de raríssimos
lampejos de velocidade. Nem mesmo Lucas se salvou na linha.
Resumindo: O Tricolor apequenou-se e ‘equilibrou’ o jogo, para a felicidade dos donos da casa.
O empate foi absolutamente justo, com o lucro do gol fora de casa.
Agora a equipe tem suas atenções voltadas para o Brasileirão, já que o
jogo de volta acontecerá na última semana de outubro. Porém, apesar da
vantagem do gol fora, é preciso respeitar o adversário e jogar sério,
como se precisasse do resultado. Não pela qualidade da LDU de Loja, que
chegou até a desfilar em caro aberto depois da classificação diante do
Nacional URU. O respeito se dá pelo retrospecto vergonhoso que o SPFC
possui nesta competição. Já fomos displicentemente eliminados por Goiás,
Libertad e até o Millionários da Colômbia. Todo cuidado é pouco.
Se eu fosse o “otimista” daquele comercial de uma marca de cerveja
que trata o brasileiro como débil mental diria que o “São Paulo saiu
invicto de Loja”. Prefiro ser mais realista: O time volta com uma
vantagem, mas perde mais uma boa chance de injetar confiança em seu
torcedor.
Saudações Tricolores!
Nota dos personagens do jogo:
Rogério Ceni Algumas boas defesas e outros momentos inseguros no gol. Uma falta perdida quando não poderia ser perdida. Nota: 6,5
Paulo Miranda Atuou como um ala defensivo e não comprometeu, apesar do gol equatoriano ter surgido no seu lado do campo. Nota: 6,0
Rafael Tolói Seguro, muito mais pela falta de qualidade do adversário. Nota: 6,5
Rhodolfo Regular. Um pouco afoito nas subidas ao ataque. Nota: 5,5
Cortez Um jogador que começou bem mas vem perdendo
vertiginosamente a credibilidade junto aos torcedores do Maior do Mundo.
Hoje não atacou e não defendeu. Resumo da ópera: Deveu futebol. Nota:
3,5
Denílson Um amarelo injusto e uma atuação que não comprometeu mas não empolgou. Nota: 5,5
Maicon Fraco na marcação e na ligação ao ataque. Nota: 4,5
Jadson Completamente desaparecido. Nota: 3,5
Lucas Mal durante quase toda a partida, apesar de tentar as jogadas individuais. Nota: 4,0
Osvaldo Começou bem pela esquerda e foi “autor” do gol contra da LDU. Mas caiu na vala comum do time. Nota: 7,0
Ademílson Nenhuma força no ataque desta vez. Quase nulo. Nota: 3,5
Douglas Entrou e conseguiu piorar o lado direito Tricolor. Deve futebol. Nota: 3,5
Wellington Até investiu no ataque mas não teve sucesso. Nota: 5,0
Willian José Teve pouco tempo mas conseguiu uma boa cabeçada no fim do jogo. Nota: 6,0
Ney Franco Não pode ser responsabilizado pela viagem
cansativa, pela altitude, o estado do gramado, e pela felicidade do gol
de empate da LDU. Precisa ser responsabilizado pela falta de padrão
tático da equipe, que não consegue engatar uma sequência de bons jogos.
Quando o São Paulo vai apresentar uma sequência que dê segurança ao
torcedor? Engana-se quem acha que estou pedindo a cabeça do treinador,
mas ele precisa ser cobrado sim. Se fossem técnicos passados a cobrança
seria a mesma. Já teve tempo suficiente para mostrar uma equipe mais
arumada com os jogadores que tem. Nota: 3,0
Por: Daniel Perrone/Globo Esporte
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