De Vitor Birner
Até hoje não consegui formar opinião a respeito de quem fará o melhor
negócio caso a transferência de Ganso para o São Paulo seja
concretizada por R$23,8 milhões.
Tenho apenas uma certeza. Explico tudo neste post.
Investimento de alto risco
Durante a novela envolvendo Ganso, Santos, São Paulo, DIS e Grêmio, tenho me perguntado várias coisas
O meia voltará a ser craque quando deixar a Vila Belmiro?
No clube novo, vai manter o empenho constantemente ou apenas nos primeiros meses, quando precisará calar os críticos?
Se recuperar o futebol diferenciado, mostrar grande profissionalismo e
receber uma excelente proposta do exterior nos próximos anos, pretende
repetir o comportamento atual?
Não tenho nenhuma das respostas.
Preciso delas e de outras para opinar de forma convicta sobre o negócio.
Vale a pena pagar R$23,8 milhões (a DIS vai arcar com parte do valor) por menos da metade dos direitos econômicos do atleta santista?
A situação é bem complicada.
Suponhamos que o Ganso vista a camisa da futura agremiação e passe a gastar a bola.
Vai gerar enormes desconfianças a respeito da dedicação dele no Santos.
Faz bastante tempo que está devendo.
Era o líder técnico da equipe em 2010. Foi vital nas conquistas dos títulos da Copa do Brasil e do campeonato paulista.
Deu a impressão de que seria superior ao Neymar.
O camisa dez dotado de inteligência e capacidade de destruir qualquer sistema defensivo com apenas um passe.
Quem se esqueceu dos belos e decisivos lançamentos naquela temporada?
Do fantástico toque de calcanhar para o segundo gol na decisão diante do Santo André?
Esse jogador ainda existe? Caso sim, onde está?
Será que o enorme declínio técnico foi planejado?
Isso tudo pode ser fruto de insatisfação com o Alvinegro ou aconteceu porque se machucou bastante?
Bons jogadores às vezes realizam excelentes temporadas.
Não posso descartar a possibilidade de ser o caso dele.
O Ganso de 2010 vale mais que o valor pedido pelo Peixe.
O de hoje, não.
Diante de tantas dúvidas, tenho apenas uma certeza. Contratá-lo é um investimento de alto risco.
Obs: Essse texto é a reprodução da minha coluna de sábado no Lance.
Por: Vitor Birner/UOL
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