Nação do Maior do Mundo;
Foi um massacre! Santos e São Paulo juntos apanharam tanto da bola,
mas tanto, que não sairam de um modorrento zero a zero na Vila Belmiro.
Pior para o Maior do Mundo que, jogando quase completo, viu o G4 ainda
mais distante de sua realidade.
A novidade foi a volta do 3-5-2. Sem Lucas e Maicon, Ney Franco
voltou a contar com Paulo Miranda na direita, liberando Douglas do
ofício de marcar no seu lado defensivo. O primeiro tempo foi como se os
personagens do seriado Walking Dead tivessem tomado uma caixa de
Lexotan. Pior impossível. Os dois clubes protagonizaram quarenta e cinco
minutos de pouquíssimo futebol. Se houvesse placar negativo, certamente
ambos estariam empatados negativamente.
A segunda etapa começou com um pouco mais de futebol, mas nem tanto. O
Tricolor ameaçou mais o gol de Rafael, passando a errar em outro setor:
as conclusões a gol. O ataque com Luis Fabiano e Osvaldo não
correspondia. Ney Franco modificou o esquema com a saída de Rhodolfo
(lesionado) e a entrada de Ademílson. A equipe melhorou mas não o
suficiente para ameaçar de verdade a meta santista.
Quando o Tricolor ainda tinha mais iniciativa, Denílson reviveu seus
primeiros jogos do retorno ao clube, tomando um amarelo/vermelho
completamente ridículo, em uma jogada de lateral de campo. O jogo mudou
nos seus minutos finais: O tricolor se defendeu e o Santos se jogou ao
ataque. Ainda bem que o Peixe estava tão desfigurado que não conseguia
traduzir a força extra conquistada em vitória.
E o resultado ficou o mesmo do início da partida. Péssimo para os
dois. Menos pior para o Santos que estava desfigurado de seus principais
jogadores. O São Paulo, mais inteiro e teoricamente mais talentoso,
tinha obrigação de ter jogado um melhor futebol. Oscilou mais uma vez e
decepcionou seu torcedor.
Para chegar na zona da Libertadores precisa primeiro jogar mais bola.
Depois ter uma regularidade. Do jeito que está não há crença que faça o
torcedor apostar nenhum de seus centavos. Os empates somam pontos mas
não levam a lugar algum. Cai o aproveitamento e sobem os concorrentes.
Saudações Tricolores!
Nota dos personagens da partida:
Rogério Ceni Quase um mero espectador. Boa defesa em uma falta nos minutos finais da partida. Nota: 7,5
Douglas Para mim o pior em campo. Não atacou, não
defendeu, não foi a linha de fundo, não cruzou e ainda contribuiu para
os passes errados. Desse jeito sugiro o São Paulo jogar com dez em
campo. Nota: 2,0
Paulo Miranda Um dos melhores do time, segurando o lado direito de forma séria. Nota: 7,5
Rafael Tolói Boa partida, sem comprometer o time. Nota: 6,5
Rhodolfo Vinha muito bem até a lesão. Nota: 7,0
Cortez Outro que se estivesse passeando na Orla
Santista não teria feito falta. Precisa se impor mais na lateral,
principalmente com um esquema de três zagueiros. Nem parece que já jogou
o futebol que o fez ir a seleção brasileira. Nota: 3,0
Denílson Partida para esquecer. Nota ZERO
Casemiro Não comprometeu, mas a impressão é que cansa rápido no decorrer do jogo. Passes erados em demasia. Nota: 5,5
Jadson Uma boa assistência salvou seu ausente primeiro tempo. Melhorou na segunda etapa mas sem a força para virar um jogo. Nota: 6,0
Osvaldo Completamente irreconhecível na função de auxiliar de Luis Fabiano. Nota: 3,5
Luis Fabiano Apagado, viveu de poucos lances e muitos impedimentos. Nota: 4,0
Ademílson Entrou e deu mais movimentação ao ataque. Nota: 6,0
Cícero teve tempo só para tomar um amarelo. Sem nota.
Ney Franco Francamente, mais uma péssima partida do
São Paulo que não se encaixa desde antes do time de Leão. Não justificou
até agora o rótulo que tem ao vir no clube. O São Paulo continua
oscilando muito. Desse jeito é sério candidato a “burro do fim do ano”. E
não dá para culpar falta de jogadores. O empate de quinta e deste
domingo atrapalham muito a corrida Tricolor rumo ao G4. De bom hoje
apenas a entrada de Ademílson, uma alteração “para ganhar” que foi
compensada negativamente com a ridícula troca de Osvaldo por Cícero aos
47 do segundo tempo. Não quero ouvir que o jogo “foi difícil”… difícil
seria se tivesse Neymar e cia. em campo. O São Paulo ” igualou-se” a
limitação do Santos em campo. Isso é inadmissível. Nota: 3,0
Por: Daniel Perrone/Globo Esporte
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