.
Nação do Maior do Mundo;
Curto e grosso: A estréia de Ney Franco como técnico do São Paulo não
poderia ter sido mais decepcionante. Jogando com os mesmos titulares do
técnico passado, com jogadores descansados, contando com um adversário
enebriado por um título no meio da semana e ainda por cima contando com
onze contra dez em boa parte do segundo tempo, o São Paulo não saiu de
um empate com o Palmeiras e permanece fora do G4 do Brasileirão.
A torcida vinha cantando a bola desde o anúncio da volta de Casemiro e
Cícero na equipe titular nos coletivos. Esse meio campo está “vencido”.
Dito e feito; mesmo com o gol no início do jogo, o Tricolor não teve
nenhuma iniciativa em campo. Foi um time covarde, completamente
envolvido pelo adversário. Se não fosse a ótima atuação de Denis já
teríamos tomado o gol nos primeiros 45 minutos.
Veio a segunda etapa e a situação não se alterou. O meio campo morto,
acéfalo e entregue ao domínio verde permanecia aterrorizando os
valentes que enfrentaram o frio extremo para apoiar a equipe na estréia
do mineiro. Um pênalti duvidoso defendido por Denis, somado a expulsão
prematura de Henrique poderiam dar esperança ao Tricolor, mas não
alteraram o cenário. De tanto martelar o adversário conseguiu o seu
justo e merecido empate, após mais uma boa atuação do nosso goleiro.
Ney Franco tentou alterar o meio com Rodrigo Caio e Maicon, e até
colocou Willian José no desespero dos últimos cinco minutos, mas não
evitou o vexame. Um empate num clássico de tanta tradição pode até ser
considerado um resultado normal, mas não nas circunstâncias criadas pelo
próprio estreante e escancaradas mais uma vez pelo limitado elenco
Tricolor. Se com Lucas já estava difícil imaginem sem ele.
A posição do blog é a mesma desde o início do brasileiro. Se não
tiver ao menos uma peça no meio campo capaz de mudar algo, não há
esquema, técnico, movimentação ou formação que resolva. Como Ney Franco
chamou a responsabilidade para si, será criticado sim, mas todos sabemos
de quem é a responsabilidade por termos um meio como esse.
Saudações Tricolores!
Denis ”São Denis”, o melhor do São Paulo hoje. Aliás, o melhor em campo. Nota DEZ.
Douglas Alterou bons e maus momentos, mas pelo esquema não tem liberdade para fazer o que mais sabe, isso é, atacar. Nota: 5,5
Rafael Tolói Pênalti discutível. Achei que não foi.
Como é estréia, ainda falta entrosamento com o par de defesa.
Individualmente foi mediano, tanto no chão como nas bolas aéreas. Deve
melhorar. Nota: 5,5
Rhodolfo Partida mediana. Acho que falhou no alto, no gol do Palmeiras. Nota: 6,0
Cortez Outro que não teve sua principal característica privilegiada, que é o ataque. Mas vem devendo futebol. Nota: 4,5
Denílson Vinha fazendo boa partida até tomar o amarelo. Com medo de perder um homem, Ney o tirou. Nota: 6,0
Casemiro Um horror. Não marcou, não avançou, não jogou. Nota: 3,0
Cícero Outro que não acrescenta força nem talento para o meio-campo. Nota: 3,5
Jadson Pode até se esforçar, mas não entendo como
foi convocado tantas vezes para a seleção brasileira com esse
futebolzinho apresentado até então no São Paulo. Tirando a bela
assistência para o gol de Luis Fabiano… mais nada. Nota: 4,0
Osvaldo Esperava bem mais dele. Muita correria, muita deslocação. Nenhuma eficiência. Nota: 3,5
Luis Fabiano O gol importante, claro, e um bom
cruzamento no segundo tempo para a pequena área. Foi pouco. É bom
jogador, evidentemente, mas não resolve sozinho. Precisa ser bem
servido. Nota: 6,0
Rodrigo Caio Entrou em campo tarde. Aliás, acho que já merece começar jogando. Nota: 5,0.
Maicon Foi mal hoje, com passes errados. Prefiro ele
ao Cícero, mas não quer dizer que o considere titular ideal. Na verdade
precisamos de um meio campo mais aguerrido e talentoso. Nota: 4,0
Ney Franco Eu iria ficar de boa se ele não tivesse
dado a declaração que poderia ser cobrado logo no primeiro jogo. Pois
então fico a vontade para colocar literalmente a frase que o jornalista
Luiz Ademar (Sportv) escreveu em seu Twitter, na qual concordo
plenamente: “Ney Franco não vai demorar a entender que o time que ele
escalou era o mesmo que dava vexame com o Leão. É preciso mudar
radicalmente!” Mesmo com a crítica inicial justa principalmente por
apresentar o meio de campo com prazo de validade vencido, acredito que o
técnico ainda precisa de tempo para conhecer o grupo, que é limitado e
precisa de uma ou duas boas peças se quiser almejar algum título.
Prefiro sinceramente não dar nota por esse jogo. Não gosto nem desgosto
do treinador. Mas ele errou e precisa entender que esse alerta é para
ajudar seu trabalho que está iniciando e que, esperamos, seja um
sucesso.
Por: Blog do Perrone/Globo Esporte
Nenhum comentário:
Postar um comentário