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Ademilson estava encostado há um ano e hoje promovido ao profissional
ganha elogios do presidente
A maior promessa do São Paulo na Copinha de 2012 quase deixou o clube há menos de um ano. Ademilson começou a última temporada desiludido com as poucas chances e sem grandes esperanças de embalar no Tricolor.
Em janeiro de 2011, o centroavante não tinha contrato e não havia sido inscrito na Copa São Paulo. Fatores que, aliados com a procura de empresários por ele, quase o fizeram sair do CT de Cotia sem que muita gente notasse. Mas o garoto de 17 anos ouviu os conselhos de Zé Sérgio, seu atual técnico, e ficou. Desde então, disputou um Mundial com a Seleção Sub-17, assinou um vínculo até 2014, tem somado elogios do exigente Juvenal Juvêncio e integrará o elenco profissional assim que a competição, que começa amanhã à noite para o São Paulo, se encerrar.
Tudo conquistado de uma maneira bem diferente das maiorias dos garotos de hoje. Ademilson não tem empresário e nem pretende entregar sua carreira para um deles. Quem trata do futuro é uma pessoa que ele confia muito: Mara, sua mãe.
– Tudo que acontece aqui é só a minha mãe que vem resolver. Renovei com ela, sem empresário e conseguimos tudo que a gente queria. Então vou levar minha carreira com ela mesmo – explica o atacante, que convive com o assédio dos agentes:
– Sempre me procuram. Um liga, outro liga, tentam marcar almoço, mas minha mãe tem a cabeça tranquila, não vai na conversa de ninguém. E o São Paulo, não é que não goste de empresários, mas tem o trabalho dele. Então, nós procuramos seguir o padrão do São Paulo.
Além de cuidar dos negócios do filho (que tem contrato com a Adidas até 2013), Mara é professora de educação infantil na rede pública de São Vicente. Ademilson cresceu na cidade do litoral, mas mora em Cotia desde os 14 anos. Ele começou nas escolinhas do clube e foi aprovado após um amistoso no social do Morumbi.
Nesta quarta-feira, às 21h, na Arena Barueri, contra o Palmas (TO), o camisa 9 terá a primeira chance de mostrar, aos são-paulinos, o futebol que o fez merecer tudo que já conquistou.
Confira um Bate-Bola com Ademilson, em entrevista exclusiva ao LANCENET!:
Quais são suas características?
Sou atacante, acho que finalizo bem, sou um pouco rápido, sei escorar bem e fazer o pivô. Sou um centroavante, camisa 9, que faz gol. Eu prefiro jogar dentro da área, mas se me colocarem vindo de trás ou pelos lados também sei jogar.
Sou atacante, acho que finalizo bem, sou um pouco rápido, sei escorar bem e fazer o pivô. Sou um centroavante, camisa 9, que faz gol. Eu prefiro jogar dentro da área, mas se me colocarem vindo de trás ou pelos lados também sei jogar.
No Mundial Sub-17, falavam muito do Lucas Piazon, mas quem acabou se destacando foi você...
Eu não era conhecido. Também nunca tinha ido para a Seleção, mas fui tranquilo. Cheguei sem pressão e acabou dando tudo certo.
Eu não era conhecido. Também nunca tinha ido para a Seleção, mas fui tranquilo. Cheguei sem pressão e acabou dando tudo certo.
Em 2011, você fez alguns treinos no profissional. Como foi poder treinar ao lado do Luis Fabiano?
Eu só o assistia pela TV, vi na Copa do Mundo. É um dos meus ídolos ao lado do Ronaldo, é um cara fabuloso, ver ele jogar é muito bom.
Eu só o assistia pela TV, vi na Copa do Mundo. É um dos meus ídolos ao lado do Ronaldo, é um cara fabuloso, ver ele jogar é muito bom.
Pediu dicas?
Não pedi dicas, mas tudo que ele fazia, eu ficava olhando para ver se eu conseguia fazer igual a ele.
Não pedi dicas, mas tudo que ele fazia, eu ficava olhando para ver se eu conseguia fazer igual a ele.
Como você se imagina no futuro?
Eu quero chegar a ser o melhor do mundo. Não sei se em dez anos ou mais. Sei lá, não me imagino muito (risos).
Eu quero chegar a ser o melhor do mundo. Não sei se em dez anos ou mais. Sei lá, não me imagino muito (risos).
Já pensa na Europa?
Europa para agora nem penso. Quero chegar no profissional, fazer meu nome no clube, virar um ídolo. Quero primeiro conquistar tudo aqui, depois ir para a Europa.
Europa para agora nem penso. Quero chegar no profissional, fazer meu nome no clube, virar um ídolo. Quero primeiro conquistar tudo aqui, depois ir para a Europa.
Seu apelido aqui é Henry...
Desde quando cheguei, colocaram esse apelido. Falava para me chamarem só de Ademilson, mas não teve jeito. Agora todo mundo só me chama de Henry.
Desde quando cheguei, colocaram esse apelido. Falava para me chamarem só de Ademilson, mas não teve jeito. Agora todo mundo só me chama de Henry.
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