Nação do Maior do Mundo;
Foi um clássico equilibrado, digno dos dois melhores clubes do
segundo turno do Brasileirão 2012. E o confronto entre o “muito
provável” Campeão Brasileiro contra o “líquido e certo” maior clube do
país foi marcado pelos gols dos artilheiros da competição, somados com
duas claras falhas de seus defensores. No final, o empate com gols foi
justo.
No primeiro tempo o São Paulo, amparado pela maioria em um Morumbi
com recorde de público (mais um para a conta dos são-paulinos em
campeonatos nacionais de pontos corridos) foi um pouco mais agressivo. O
Fluminense jogou atrás mas também foi perigoso nas suas poucas
estilingadas. E os primeiros quarenta e cinco minutos foram marcados
pela tentativa frustrada do São Paulo em atacar pelo meio, contrastando
com as poucas mas perigosas investidas dos cariocas em nosso lado
direito.
Na segunda etapa, os dois times ameaçaram um jogo mais aberto, mas
foi a besteira ‘monstro’ do zagueiro do Fluminense no recomeço do jogo
que fez Luis Fabiano, matador que ele só, abrir o placar para o Maior do
Mundo.
A torcida delirou, mas o Fluminense se manteve vivo na partida,
sempre martelando o jogo pelo lado de Douglas, o ponto vulnerável do
jogo do São Paulo. Lucas teve que recuar para fazer a primeira marcação
naquele lado. Era o “prenúncio” do empate. E ele veio aos 18 minutos, da
mesma maneira que fizemos o primeiro tento: Rafael Tolói perdeu uma
bola incrível para o garoto Samuel e permitiu o cruzamento certeiro para
outro matador: Fred anotou o dele e deu igualdade no placar.
Após o empate, o jogo ficou melhor para o líder do campeonato. Por
que? Além de melhor posicionado, o clube carioca tem uma grande virtude
nos pontos corridos: Um ótimo banco. mesmo sem jogar com Deco e Wagner,
não perdeu o padrão e a força. Do outro lado, Ney Franco olha para o
banco e deve sentir uma angústia parecida com a do seu torcedor. Temos
um banco fraco, com jogadores verdes ou sem capacidade de alternar um
esquema. Enfim; um elenco para brigar por Libertadores quando o time
está completo. E foi assim até o final: A torcida empurrando o Tricolor
Paulista e rezando para o rival não encaixar um bom contra-ataque, o que
felizmente aconteceu. Mesmo melhor, o FLU não ameaçou claramente as
redes do M1TO Rogério Ceni.
O próximo jogo também é uma pedreira, apesar de eu achar que o Grêmio
não vem jogando bem no Olímpico. O Fluminense tem um ótimo time, uma
boa proposta de jogo e mediu forças descansado contra um São Paulo
embalado mas que jogou fora do Brasil no meio da semana. O elenco
carioca, bem mais qualificado, fez a diferença, como vem fazendo em todo
o campeonato. Até mesmo Paulo Miranda fez uma grande falta hoje. Temos
que ir ao Sul com o mesmo espírito que fomos na Ilha do Retiro. É
confronto direto.
Saudações Tricolores!
Nota dos personagens do jogo:
Rogério Ceni Boas defesas e muita tranquilidade. Sempre imponente. Nota: 9,0
Douglas Neste esquema ele não tem vez. Até foi
bastante aplicado defensivamente mas perdeu quase todas no duelo contra
Carlinhos, o que obrigou Lucas e até Tolói cobrirem seus espaços. Paulo
Miranda fez falta. Nota: 5,0
Rhodolfo Uma bobagem no primeiro tempo (que até vem se tornando habitual) mas depois foi bem, principalmente nas bolas aéreas. Nota: 6,5
Rafael Tolói Um monstro no primeiro tempo. Mas
zagueiro você sabe como é: Não pode falhar no be-a-bá da cabeça de área.
Que fique de lição principalmente para mata-matas: Na hora do aperto,
uma boa “bola pro mato a la Fabão” também pode ser uma grande virtude.
Nota: 4,5
Cortez Alterou bons momentos com muita dificuldade na marcação. No geral se saiu bem. Nota: 6,0
Wellington Um motorzinho no meio-de-campo. Ditando
muitas vezes o ritmo do Tricolor. Mas tomou um amarelo no começo da
partida e ameaçou ser expulso em algumas reclamações do primeiro tempo.
No segundo se controlou para ir até o fim do jogo, sempre com qualidade.
Pena não jogar no Olímpico. Nota: 8,0
Denílson Manteve a qualidade do meio, mas sofreu com o bom jogo de Thiago Neves e Jean. Isso, aquele Jean. Nota: 7,5
Jadson Tarde para ser deletada da memória. A torcida não perdoou a fraca atuação. Nota: 3,0
Lucas Muito centralizado no primeiro tempo. Na
segunda etapa recuou para ajudar na marcação do setor direito, o que
prejudicou suas investidas. Nota: 6,0
Luis Fabiano Um bom chute no primeiro tempo e oportunismo no gol. Ele está lá para isso. Nota DEZ
Osvaldo Rápido, porém pouco produtivo no ataque,
sobretudo em suas jogadas de linha de fundo. Contundido, foi substituído
no meio da segunda etapa. Nota: 6,0
Ademílson Entrou no lugar de Osvaldo e pouco produziu. Nota: 5,0
Willian José Foi outro que pouco pôde fazer para alterar o jogo. Nota: 5,5
Ney Franco O jogo foi bem igual. Entrou com o que
tinha de melhor, diante de um adversário poderoso. Alterações certas,
porém com peças que não produziram o suficiente para alterar o jogo.
Infelizmente foi um jogo que o adversário explorou bem o ponto
vulnerável da nossa equipe: A lateral direita. Nota: 7,0
Por: Daniel Perrone/Globo Esporte
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