Nação do Maior do Mundo;
O São Paulo está classificado para as quartas de finais da
Sulamericana 2012. Com o empate com gols em Loja (EQU) e um empate sem
gols no Morumbi, a equipe garantiu vaga e espera o próximo adversário,
que sairá do confronto entre Emelec (ECU) e Universidad Catolica (CHI)
nesta quinta-feira.
Desde o primeiro minuto de jogo eu percebi que seria uma parada dura
para o Tricolor. Não que a LDU Loja seja uma equipe qualificada (muito
pelo contrário), mas a proposta de jogo “a la Libertadores” da modesta
equipe equatoriana desmantelou o Tricolor. Toda fechada, dividindo duro
(as vezes até com deslealdade) e apostando em esporádicas estilingadas
no final do jogo, os equatorianos de certa forma surpreenderam os
são-paulinos em casa. Bom para entender que, além de não termos um
elenco qualificado como muitos pensam que temos, mostrar a alguns que
competição internacional é assim.
“Imagina na Libertadores…”
Sem Luis Fabiano, a equipe apostou na velocidade de Lucas, Ademílson e
Osvaldo, amparados pelas assistências de Jadson. Contra uma defesa
fechada não deu resultado. Nenhum dos quatro esteve em uma boa noite, o
que complicou muito o nosso jogo. Para se ter uma idéia, o São Paulo
martelou, martelou, martelou, mas o goleiro adversário só sujou mesmo a
camisa na metade do segundo tempo.
Claro, o juizão deixou de marcar alguns lances capitais claros para o
Tricolor, que ajudariam a quebrar a proposta equatoriana, mas não é
desculpa para o apático número de arremates a gol do nosso time.
Arbitragem conivente com a violência? Pode ser, mas não é muito
diferente de uma Libertadores, não… Ou será que a gente já se esqueceu
do tortuoso caminho de uma competição que nos deu três glórias máximas? A
desculpa da derrota não pode ser somente voltada ao apito sulamericano.
Temos obrigação de estarmos familiarizados com esse “estilo” de
arbitragem que não marca absolutamente nada. Resumindo: O juizão é
fraco, mas as arbitragens são assim.
Enfim, a vaga é nossa. Conquistada com um suor a mais pela eficiente
proposta do time do Equador. Que sirva de lição e experiência a alguns
jogadores, inclusive alguns que já tiveram passagens pelo exterior:
Jogos entre sulamericanos sempre serão partidas muito disputadas e o
melhor caminho para vencer é ter mais vontade que o adversário. Depois,
claro, vem a eficiência, o talento e até um pouco de sorte.
Que sirva de “re-aprendizado” internacional.
Saudações Tricolores!
Nota dos personagens da partida:
Rogério Ceni Não fez nenhuma defesa importante, mas
saiu bem do gol e mostrou que experiência neste tipo de competição conta
bastante. Nota: 8,0
Paulo Miranda Para mim sofreu o penal no fim do
primeiro tempo. Não deu para entender a marcação maluca do árbitro que
foi até a marca da cal e depois “desistiu” da penalidade máxima. Fora
isso, teve uma atuação mediana. Nota: 6,0
Rhodolfo Sem brilhar, atuou de forma discreta e deu chutões quando precisou. Nota: 6,5
Rafael Tolói Outro que não brincou em serviço. Nota: 7,0
Cortez Partida mediana do lateral esquerdo, que começou bem o jogo mas depois se plantou na marcação. Nota: 5,5
Wellington Deu um susto na torcida ao levar um
amarelo nos primeiros minutos de jogo. Mas depois acertou a marcação e
levou a partida até o seu final. Nota: 7,5
Denílson Boa partida, tanto na marcação quanto na saída de bola. Nota: 7,5
Jadson Muitos passes errados. Não se encontrou na armação. Nota: 4,0
Lucas Apagado demais para um jogador de sua categoria. Nota: 4,0
Osvaldo Outro que esteve abaixo de seu normal. Arriscou um bom chute no primeiro tempo. Nota: 5,0
Ademílson Não tem característica de homem de área. Tentou jogadas mas foi anulado pela forte marcação da equipe de Loja. Nota: 4,0
Willian José Entrou para tentar alguma jogada aérea. Sem sucesso. Ainda deu uma baita pixotada no seu primeiro lance. Nota: 3,5
Douglas Entrou para tentar algo diferente na direita. Também sem sucesso. Nota: 4,0
Ney Franco O pior é que nem tem culpa pelo jogo
apático do Tricolor do meio para frente. Ele olha no banco e vê quem
para mudar o jogo? Sofreu demais com os péssimos dias do criador e dos
atacantes. Nota: 5,0
Por: Daniel Perrone/Globo Esporte
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