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Manchester.
O sofrimento de Robinho na Inglaterra pesou para Lucas.
Ele está vendo na prática, aqui em Manchester, o verão de 12 graus.
A chuva constante.
A falta de sol.
Thiago Silva o lembrou do futebol de contato, de choque, que tortura jogadores franzinos.
O recente fracasso de Robinho no Manchester City foi o grande exemplo.
O capitão da seleção que o quer ao seu lado falou sobre as vantagens de ir para a França.
Ainda mais no grande time que o Paris Sain-Germain está montando.
Dinheiro não falta.
Um grupo de investimento bilionário do Catar comprou o tradicional clube francês.
Por isso o técnico italiano Carlo Ancelotti foi para lá.
Assim como o brasileiro Leonardo virou o principal dirigente de futebol.
Foi ele quem acertou a compra de Thiago Silva e Ibrahimovic por 66 milhões de euros.
E Lavezzi do Napoli por 30 milhões de euros.
O clube já gastou 96 milhões de euros ou cerca de R$ 241 milhões.
Agora deve gastar cerca de R$ 85 milhões por Lucas.
Wagner Ribeiro está em Paris e deixou tudo acertado com a direção do clube francês.
E desta vez, ao contrário do que aconteceu na proposta do Manchester United, acertou com São Paulo sua comissão.
Lucas deverá assinar um contrato de cinco anos.
E receberá menos do que ganharia defendendo o time inglês.
Thiago Silva o aconselhou que vale como investimento.
Mostrou o caminho traçado por Ronaldinho Gaúcho.
Foi no futebol francês que o jogador ganhou confiança na carreira.
Muito menos competitivo do que o inglês, o italiano ou até o espanhol, o país foi perfeito para o
jogador de 21 anos.
Ele já disse várias vezes que fez a melhor escolha ao trocar o Grêmio pelo próprio Paris Saint-Germain em 2001.
O futebol é mais leve, a marcação mais frouxa.
É uma banquete para jogadores velozes e habilidosos como Lucas.
Fora a vida muito mais agradável e muito menos gelada do que a pouca acolhedora Manchester.
O verão aqui é assustador, horrível para brasileiros.
O jogador pesou a situação e insistiu que não quer mais nem saber do Manchester United.
Nem de sir Alex Ferguson e sua gentil comparação com Jairzinho.
Wagner Ribeiro deverá chegar da França à Inglaterra ainda hoje.
Como os empresários estão proibidos de frequentar o hotel da seleção, tentará o contato no estádio Old Trafford, amanhã.
Ele precisa resolver a questão dos exames médicos.
E conversar pessoalmente detalhes do contrato.
O brasileiro precisa ter paciência.
Ele não tem passaporte comunitário.
E o novo-rico Paris Saint-Germain já tem jogadores não comunitários demais.
De estrangeiros a lista é grande.
Os brasileiros Alex, Maxwell, Nenê e Thiago Silva.
Ainda os argentinos Pastore e Lavezzi.
A não ser que Leonardo consiga se livrar de um deles, o brasileiro teria de esperar até janeiro de 2013 para jogar.
Há a chance de Nenê sair.
O Corinthians e o Palmeiras já fizeram contato com ele.
A direção do clube francês disse não, só que não contava com a chegada de Lucas.
Isso pode mudar a situação.
Wagner Ribeiro e a direção do Paris Saint-Germain deverão acertar tudo depois do amistoso entre Brasil e Suécia, dia 15, em Estocolmo.
Lucas está convocado.
A partir daí poderá conhecer o clube e encerrar o seu ciclo no São Paulo.
Ele vai ganhar menos dinheiro no Paris Saint-Germain do que no Manchester United.
Mas bem mais do que os R$ 130 mil que recebe no São Paulo.
Terá uma vida muito mais feliz pessoalmente em Paris.
E a certeza de que irá se impor diante de clubes e marcadores bem mais fracos que os ingleses da primeira divisão.
Se der tudo certo, será a escolha mais acertada.
Seu primeiro passo no futebol europeu acabará sendo o mais acertado.
Até porque Lucas precisa desenvolver sua personalidade, acabar com a timidez que o atrapalha em momentos fundamentais.
O Paris Saint-Germain é o clube certo para amadurecer.
A pressão no Manchester United, que ficou para trás diante do Chelsea e até do Manchester City, seria enorme.
A saída de Lucas deverá quebrar o recorde de jogador mais caro vendido pelo Brasil.
O posto é de Oscar, que fechou com o Chelsea por R$ 78 milhões.
A transação com o Paris Saint-Germain gira em torno de R$ 85 milhões.
Com o jogador e o clube francês está tudo certo.
Só falta Juvenal Juvêncio dar o seu sim...
Por: Cosme Rímoli/R7
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