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Contrato do goleiro se encerra em dezembro. Se o São Paulo não conseguir
vaga na Libertadores, vínculo pode nem ser renovado
O primeiro semestre do São Paulo se transformou em um grande pesadelo.
Apesar da ampla reformulação feita no elenco, com a chegada de oito
reforços e a saída de dez jogadores, o resultado dentro de campo esteve
longe do esperado. No Campeonato Paulista, o algoz foi o Santos de
Neymar na semifinal. Na Copa do Brasil, na mesma fase, quem acabou com o
sonho foi o Coritiba.
Para 99% do elenco, o Campeonato Brasileiro e a Copa Sul-Americana
valem "apenas" a oportunidade de salvar 2012 e buscar um título que a
equipe não conquista desde 2008, quando levantou seu sexto título
brasileiro. Para o goleiro e capitão Rogério Ceni,
porém, vale muito mais - significa a possibilidade de buscar uma
motivação para continuar jogando ou encerrar uma carreira de 21 anos,
repleta de títulos.
O contrato de Ceni termina em 31 de dezembro, e o goleiro de 39 anos já
falou diversas vezes sobre seu sonho de ganhar mais uma Libertadores.
Se o Tricolor não obtiver a classificação para o torneio de 2013, o
goleiro pode optar pela aposentadoria.
A diretoria já sinalizou que a decisão será exclusivamente de Ceni. Se
ele quiser continuar, o vínculo será renovado por seis meses ou um ano.
E, para estar na Libertadores de 2013, o Tricolor tem duas
possibilidades: ficar entre os quatro melhores do Brasileirão ou
conquistar o título da Copa Sul-Americana.
Ceni está em fase final de recuperação de uma delicada contusão. Ele
sofreu uma lesão no ombro direito durante a pré-temporada realizada no
CT de Cotia. Operado no fim de janeiro, tem previsão de retorno aos
gramados no final de julho. Ele já iniciou os trabalhos com bola e, a
amigos, dizia ter a esperança de disputar a segunda final da Copa do
Brasil, contra o Palmeiras, no dia 11 de julho. Mas, como o São Paulo
foi eliminado, a ordem é seguir a recuperação e não apressar nada.
Ceni assistiu de casa ao jogo contra o Coritibae ficou revoltado não só
o resultado, mas com a postura mostrada pela equipe, que não soube
valorizar a vantagem que construiu no primeiro jogo, no Morumbi. Nas
últimas duas semanas, o camisa 1 intensificou os trabalhos de
fortalecimento no Reffis. Para pensar em voltar, é preciso realizar o
trabalho habitual de um goleiro, ou seja, cair no chão, saltar, etc..
Isso ele ainda não fez e, em sua última entrevista, dada antes da
partida de ida contra o Coritiba, há duas semanas, reconheceu que ainda
tinha dificuldades para realizar alguns movimentos.
Rixa com Leão?
Mantida a previsão de seis meses, seria possível pensar no retorno de
Rogério Ceni no dia 6 de agosto, contra o Sport, no estádio do Morumbi. O
maior empecilho para a volta do camisa 1 chama-se Emerson Leão, que, em
diversas coletivas, não mostra a menor pressa para que isso aconteça.
Nenhuma das partes admite oficialmente, mas a relação entre goleiro e
treinador nunca foi boa.
– Não adianta querer iludir torcedor porque o Rogério não está
voltando. Ele precisará provar que está recuperado. Além do mais, é
preciso entender que existe um goleiro que vem atuando desde o início e
que merece ser respeitado – afirmou o treinador, na última vez em que
foi questionado sobre o assunto.
Fonte: Globo Esporte
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