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Conforme defendi anteriormente, o
fracasso da equipe no campeonato Paulista e na Copa BR deve-se,
essencialmente, à decisão de Juvenal Juvêncio de manter Leão no cargo
(apesar do fraco trabalho do técnico em 2011).
O problema, contudo, não é tão recente assim, tendo começado após o período de Muricy Ramalho no comando do time.
Na época, criou-se a idéia de que a
estrutura e a organização do clube, bem como a política de contratação
de jogadores em fim de contrato eram os únicos responsáveis pelo
tricampeonato seguido do Brasileirão, e que, portanto, outro técnico seria capaz de fazer o mesmo.
Não nego que o clube seja organizado
(apesar das críticas) bem como tenha uma ótima estrutura, nem deixo de
reconhecer que a contratação de atletas a baixo custo tenham sido
importantes para as conquistas do time. Mas também não se pode
menosprezar o trabalho de Muricy, que pode não ser um gênio da
estratégia, mas é competente.
Mas voltando ao ponto… Essa foi a idéia criada: o clube é tão bom que qualquer treinador faz a equipe ter sucesso.
Apostaram em Ricardo Gomes, que teve boa
passagem pelo SPFC (semi-final de Libertadores e terceiro lugar no BR).
Até aí, nada a reclamar.
O problema foi a partir de Sérgio Baresi, um treinador que não tinha qualquer experiência como profissional.
E pior: assumiu o time no meio do
campeonato brasileiro, apesar do bom trabalho feito por Ricardo Gomes.
Como a emenda saiu pior do que o soneto, contraram Carpegiani, um
técnico mediano, mas ao menos que tem experiência e boa bagagem no
futebol.
O problema é que faltava elenco.
O método bem sucedido até então de contratar jogadores em fim de
contrato, a baixo custo, não funcionava mais. E pior: a equipe tinha
grandes carências justamente pela falta de disposição em investir na
contratação de jogadores.
Nesse cenário, obviamente, nem Mourinho
daria jeito. E finalmente, Juvenal e cia resolveram mudar, depois de
seguidos fracassos. Investiram, até agora, mais de R$ 35 milhões em reforços
(R$ 17 milhões em Luis Fabiano, R$ 5 milhões em Cañete, R$ 9 milhões no
Jadson, R$ 4,5 milhões no Osvaldo, fora os direitos federativos cedidos
na aquisição de Cortez e Jadson).
O problema é que, se por um lado
reviram um dos conceitos (relativo a contratação de atletas), por outro,
continuaram desprezando a importância do técnico (como se um
conjunto de bons jogadores, por si só, fosse suficiente para formar um
bom time), e renovaram o contrato de Emerson Leão, que até agora não
mostrou a que veio (até Abilio Diniz, que gosta do treinador, já percebeu isso).
O pífio rendimento do tricolor (por favor, não considerem números contra times do interior. Contra times da série A, o aproveitamento foi de míseros 48%) mostra que o erro foi grave.
Altos investimentos nas mãos de um treinador ultrapassado. Por isso,
resta agora rever este outro conceito, reconhecendo a importância de um
bom técnico para dar coesão a um grupo de atletas, tornando-o um TIME.
Por: Blog do Navarro
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