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segunda-feira, 25 de junho de 2012

BLOG DO NAVARRO: Juvenal Juvêncio precisa rever alguns conceitos do período pós-TriHexa

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Conforme defendi anteriormente, o fracasso da equipe no campeonato Paulista e na Copa BR deve-se, essencialmente, à decisão de Juvenal Juvêncio de manter Leão no cargo (apesar do fraco trabalho do técnico em 2011).

O problema, contudo, não é tão recente assim, tendo começado  após o período de Muricy Ramalho no comando do time.

Na época, criou-se a idéia de que a estrutura e a organização do clube, bem como a política de contratação de jogadores em fim de contrato eram os únicos responsáveis pelo tricampeonato seguido do Brasileirão, e que, portanto, outro técnico seria capaz de fazer o mesmo.

Não nego que o clube seja organizado (apesar das críticas) bem como tenha uma ótima estrutura, nem deixo de reconhecer que a contratação de atletas a baixo custo tenham sido importantes para as conquistas do time. Mas também não se pode menosprezar o trabalho de Muricy, que pode não ser um gênio da estratégia, mas é competente.

Mas voltando ao ponto… Essa foi a idéia criada: o clube é tão bom que qualquer treinador faz a equipe ter sucesso.

Apostaram em Ricardo Gomes, que teve boa passagem pelo SPFC (semi-final de Libertadores e terceiro lugar no BR). Até aí, nada a reclamar.

O problema foi a partir de Sérgio Baresi, um treinador que não tinha qualquer experiência como profissional.

E pior: assumiu o time no meio do campeonato brasileiro, apesar do bom trabalho feito por Ricardo Gomes. Como a emenda saiu pior do que o soneto, contraram Carpegiani, um técnico mediano, mas ao menos que tem experiência e boa bagagem no futebol.

O problema é que faltava elenco. O método bem sucedido até então de contratar jogadores em fim de contrato, a baixo custo, não funcionava mais. E pior: a equipe tinha grandes carências justamente pela falta de disposição em investir na contratação de jogadores.

Nesse cenário, obviamente, nem Mourinho daria jeito. E finalmente, Juvenal e cia resolveram mudar, depois de seguidos fracassos. Investiram, até agora, mais de R$ 35 milhões em reforços (R$ 17 milhões em Luis Fabiano, R$ 5 milhões em Cañete, R$ 9 milhões no Jadson, R$ 4,5 milhões no Osvaldo, fora os direitos federativos cedidos na aquisição de Cortez e Jadson).

O problema é que, se por um lado reviram um dos conceitos (relativo a contratação de atletas), por outro, continuaram desprezando a importância do técnico (como se um conjunto de bons jogadores, por si só, fosse suficiente para formar um bom time), e renovaram o contrato de Emerson Leão, que até agora não mostrou a que veio (até Abilio Diniz, que gosta do treinador, já percebeu isso).

O pífio rendimento do tricolor (por favor, não considerem números contra times do interior. Contra times da série A, o aproveitamento foi de míseros 48%) mostra que o erro foi grave. Altos investimentos nas mãos de um treinador ultrapassado. Por isso, resta agora rever este outro conceito, reconhecendo a importância de um bom técnico para dar coesão a um grupo de atletas, tornando-o um TIME.

Por: Blog do Navarro

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