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Nação do Maior do Mundo;
Não dá para esperar tática apurada nas equipes comandadas por Emerson Leão.
Aliás, essa nunca foi marca registrada do técnico do São Paulo. A melhor definição que ‘ouvi’ (li) sobre ele foi do competente jornalista Luis Simon: “Leão é um técnico empírico, sem grandes elucubrações táticas. Coloca esse jogador com aquele, vê se está dando certo, troca, analisa outra dupla e mantém o que está dando resultado, dentro de uma manifesta preferência pelo jogo ofensivo.” Não vejo nenhum problema nisso. Aliás, entre erros e acertos, o técnico Tricolor (mais maduro que na primeira passagem pelo clube) novamente monta o time com a cara que a torcida (pelo menos a maioria que conversa comigo) exigia em sua essência: A cara de um time que nunca desiste do jogo.
Isso se viu nos primeiros jogos da temporada com uma freqüência tão grande que até me esqueci da última vez que o time buscou algum resultado no ano passado. Ah, foi contra o Botafogo do Rio de Janeiro, pelo Brasileirão. Naquele jogo o tricolor saiu perdendo por 2×0 e após o intervalo só não ganhou a partida porque Rivaldo desperdiçou uma chance ímpar nos acréscimos. O empate teve gosto de vitória e derrota. Vitória por não termos desistido e derrota pela chance incrível no apagar das luzes.
Enfim, voltando a atualidade, esse time de Leão mostrou para o torcedor que a partida do Engenhão no ano passado virou algo comum neste ano. E não só com os times pequenos, obrigação de todo o time grande, mesmo em começo de temporada. Diante do Palmeiras saímos três vezes atrás e não desistimos do resultado. Contra o Santos ganhamos um jogo contra a melhor equipe do Brasil com um a menos, numa partida épica para os torcedores que compareceram ao Morumbi. Jogos como esses dois dão esperança e dão uma cara para a equipe. Além de plantar a ‘sementinha’ da determinação nos jogadores, o técnico tricolor vem contribuindo para a melhoria de algumas peças, como Lucas e Casemiro. Os dois voltaram a render o que podem, sem melindres. Apenas foco.
Alguns acusam sua metodologia de ultrapassada. Técnica e tática a parte, eu vejo que a química entre técnico e elenco vem funcionando mais uma vez. Alguns profissionais se encaixam como uma luva em determinados clubes. Leão é um deles, para o “militarizado” São Paulo. Um dos maiores exemplos dessa química no futebol foi a relação entre o técnico Candinho e a Portuguesa. Parecia que um tinha nascido para o outro, mas podemos citar vários outros nessa condição: Joel com o Flamengo, Felipão com o Palmeiras…
Claro, Leão não leva os méritos do início desta temporada sozinho. A diretoria tem créditos na mudança de perfil do time, fazendo uma verdadeira reformulação de mentalidade no elenco. Gente que não rendia mais e gente que nunca rendeu no clube agora respiram novos ares. Não dá para esquecer o perfil que ficou impregnado no nosso elenco do ano passado e isso graças a Deus incomodou os diretores e nosso presidente.
E o Tricolor ganhou alguma coisa com isso? Em termos de títulos, ainda não. E como qualquer coisa relacionada ao futebol, pode não ganhar. O time ainda tem que evoluir, principalmente na marcação. Agora, vencer ou perder um campeonato faz parte do jogo, pois existem outros clubes tão bons e até mais entrosados. O mais importante é termos condições para competir e ganhar. Isso eu finalmente consigo enxergar neste São Paulo de 2012.
Saudações Tricolores!
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