Juvenal admite que meia está abaixo da expectativa, mas cita Careca como exemplo e diz que não há prazo para jogador deslanchar na equipe
O meia Paulo Henrique Ganso
custou R$ 23,9 milhões ao São Paulo, com ajuda do DIS, mas ainda nem se
aproximou do desempenho que todos esperavam dele no Morumbi. Após a
derrota para o Santos, com atuação apenas razoável mais uma vez, e
hostilizado pela torcida do ex-clube, o jogador recebeu um apoio
importante. O presidente Juvenal Juvêncio reconheceu que Ganso ainda não
mostrou seu futebol, mas se disse esperançoso e negou decepção com o
atleta.
Ganso iniciou o ano como titular na vitória sobre o Mirassol, mas
perdeu a posição já na partida seguinte, em que o São Paulo precisava
vencer o Bolívar para se garantir na fase de grupos da Libertadores.
Atuou desde o início quando o time reserva bateu o Atlético Sorocaba, e
fez seu primeiro gol pela equipe. Agora, com a classificação assegurada,
Ney Franco esboça dar uma sequência de jogos ao meia. Na opinião de
Juvenal, isso pode ser decisivo para que ele apresente o mesmo futebol
do início de carreira, no Santos.
- Não estou decepcionado. Ele ainda não se mostrou o grande jogador que
é. Falta desenvolvimento, cancha, falta jogo. Essa retomada é penosa,
mas é assim mesmo. Tem que jogar, isso vai se ajustando. Estou muito
esperançoso - afirmou o presidente, que inicialmente era contrário à
aquisição do jogador, mas durante a negociação se impressionou com a
postura de Ganso, e mudou de ideia.
Juvenal também negou que haja um prazo para ter paciência com o camisa 8
do São Paulo. Ele chegou a citar como exemplo o ex-centroavante Careca,
que demorou a se adaptar, mas depois se tornou ídolo da torcida na
década de 80, sendo o grande herói da conquista do Campeonato Brasileiro
de 1986.
- Há um reconhecimento nacional e até extrafronteira da competência do
Ganso. Com certeza ele ainda não mostrou a excelência do seu futebol,
não foi diferente ontem (na derrota para o Santos), mas nós acreditamos.
Não temos um timing, vamos esperar que ele deslanche.
Contratado em setembro do ano passado, Ganso tem ganhado defensores
neste início de trajetória no Morumbi. No último domingo, Jadson, que
apesar de atuar junto no time titular é seu principal concorrente à vaga
no meio-campo, também pediu paciência com o companheiro. Mais
recentemente, o capitão Rogério Ceni rasgou elogios ao talento de Ganso,
disse que se impressiona com sua velocidade de raciocínio, mas cobrou
que o jovem seja mais competitivo para se firmar na equipe.
Contra a Ponte Preta, nesta quarta-feira, a tendência é que Ney Franco
mantenha Ganso na equipe. Ele ocupa a vaga que no ano passado era de
Lucas, negociado com o PSG.
Fonte: Globo Esporte