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De Vitor Birner
A direção do São Paulo ficou muito irritada com o comportamente de
Andres Sanchez, diretor de seleções da CBF, durante a negociação de
Lucas com o PSG.
Avalia que ele fez o possível para prejudicar a venda mais alta da
história do futebol sul-americano, além de ter usado dois pesos e duas
medidas.
O atleta deveria ter assinado o contrato com o PSG na segunda-feira,
véspera da semifinal olímpica entre Brasil e Coréia do Sul, mas não
pôde.
Os representantes de São Paulo e do PSG, além do advogado do jogador,
passaram a tarde e a noite inteiras no hotel esperando uma autorização
para poderem entrar na concentração da seleção brasileira olímpica.
Precisavam pegar a assinatura do Lucas, mas não conseguiram naquele dia.
Isso só foi possível na terça-feira, após Juvenal Juvêncio conversar com José Maria Marin.
O cartola são-paulino que me contou a história, disse que não veria
problema na conduta de Andrés caso fosse adotado o mesmo padrão para
todos os outros boleiros e empresários interessados em fazer negócios.
Mas, segundo o dirigente do São Paulo, isso não aconteceu.
Na transferência de Oscar para o Chelsea, o empresário Giuliano
Bertolucci, que tem ótima relação com Kia Joorabchian, teve livre
trânsito na concentração, inclusive para negociar salários e luvas com o
ex-meia do Internacional.
Além disso, após os acertos entre os Blues e Oscar, o jogador foi
liberado para sair da concentração e realizar exames médicos no clube
londrino.
O PSG se dispôs a fazer o mesmo. Escolheu uma clínica na Inglaterra
para Lucas ser examinado, porém o boleiro não foi autorizado a deixar a
concentração.
Os exames acabaram acontecendo dentro da concentração porque o São Paulo teve auxílio de José Luis Runco, médico da seleção.
Os dirigentes são-paulinos, por causa de todas essas situações,
avaliam que Andrés fez o possível para atrapalhar a venda de Lucas.
A direção do clube do Morumbi também acha que a pequena presença de
Lucas em campo durante a a Olimpíada, especialmente na decisão diante
do México, foi uma retaliação de Andres Sanches, irritado por ter sido
desautorizado pelo presidente da CBF graças a boa relação que Marin
mantém com Juvenal Juvêncio.
Por: Vitor Birner
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