DE SAIDA: Tricolor inicia último mês com Denilson, exaltado por Leão e colegas

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Números mostram eficiência de volante, de 'volta por cima' no Tricolor. Clube tenta segurá-lo, mas contrato acaba no fim do mês

– Se o Denilson não ficar, vai fazer muita falta. No nosso esquema, ele é fundamental para o time. É o primeiro volante e está sempre dando combate. Ele é muito profissional. Dificilmente você o vê para baixo.

A análise acima poderia ter sido feita por Emerson Leão, fã confesso do meio-campista. Mas quem disse foi Cícero, um dos que mais se beneficia com a proteção que Denilson faz para a zaga.

E os números comprovam a eficiência do volante no São Paulo. A bola passa muito pelo camisa 15, o que faz dele o jogador com maior quantidade de passes do elenco. E a porcentagem de acerto, neste Brasileiro, é de 93%.

Principal cão de guarda da defesa, Denilson está dois desarmes atrás dos líderes neste quesito. Em duas rodadas, ele roubou nove bolas. Henrique (Palmeiras), Dieyson (Vasco) e Gerley (Bahia) fizeram 11 desarmes até agora.

Na Copa do Brasil, o desempenho do jogador é muito semelhante. Dono de um estilo de jogo que aparece pouco para a torcida, Denilson não passa desapercebido pelo treinador. Leão sempre faz questão de elogiá-lo e costuma afirmar que o principal reforço para o segundo semestre seria a permanência do volante.

Mas hoje pode estar começando o último mês de Denilson no São Paulo. O empréstimo acaba no dia 30 e o Arsenal (ING) quer o retorno do atleta. No entanto, a diretoria tricolor trabalha para mantê-lo, ao menos, para eventuais finais da Copa do Brasil, que acontecem em 4 e 11 de julho. A definição só deve acontecer depois dos duelos com o Coritiba.

Depois de um Brasileirão irregular no ano passado, Denilson se readaptou ao futebol nacional e melhorou nesta temporada. Tanto que o desempenho do time (veja ao lado) também é melhor. Jogadores, diretoria e comissão técnica sabem que é fundamental não perder Denilson.

Trajetória

Início conturbado
Contratado para resolver os problemas do São Paulo na proteção do setor defensivo, o camisa 15 chegou com grande responsabilidade, na metade do ano passado. Prestigiado por ter jogado quase uma década no Arsenal (ING), foi titular logo em sua primeira partida, após apenas um treino coletivo. Porém, não correspondeu nos primeiros meses de seu retorno. Levando muitos cartões amarelos e sendo expulso em partidas importantes, terminou o Brasilerão como titular, mas sem a confiança da diretoria, que foi buscar mais reforços para ocupar sua posição em 2012.

Concorrência e ‘sorte’
No início deste ano, Denilson já estava longe de gozar do prestígio que tinha quando foi repatriado. Como a diretoria trouxe Fabrício do Cruzeiro, e Wellington estava em boa fase, começou os primeiros coletivos do ano entre os reservas. Mas, por “sorte”, viu os dois colegas sofrerem com lesões e logo retomou a vaga de titular. Mais adaptado ao estilo de jogo e cometendo menos faltas, se firmou como titular da equipe ao lado de Casemiro, protegendo a defesa. Com moral no elenco, chega até a se arriscar nas cobranças de falta.

Fonte: LANCENET!