Nação do Maior do Mundo;
A saída de Renê Simões da base do São Paulo Futebol Clube ainda está dando o que falar.
São válidas as opiniões sobre o assunto, menos aquelas com acusações
sem provas da gestão da base. Acho leviano chegar a uma conclusão final
sobre o assunto, mas uma coisa precisa ser analisada: Se não era para
mudar a filosofia de trabalho de Cotia, por que diachos Renê Simões foi
contratado para ser diretor técnico do clube?
Renê é um profissional renomado, com passagens expressivas por
seleções brasileira e jamaicana. A primeira coisa que se pensa quando se
contrata um cara com o seu currículum é que ele possa colocar em
prática tudo o que sabe para melhorar o sistema existente. Lógico que a
contratação de um consultor de fora mexerá com a operação dos
profissionais que estão em uma determinada organização, seja no Tricolor
ou em qualquer outro local, mas na teoria esse tipo de profissional
deveria ter carta branca de quem o contratou. Esse é o intuito.
Renê Simões traçou a prioridade de trabalho: capacitar os técnicos e
olheiros do clube para que eles pudessem trabalhar em fina sintonia,
conforme entrevista do Globoesporte.com no
mês em que foi contratado. Provavelmente não encontrou o aval esperado
para as mudanças e, em comum acordo com a diretoria, saiu do clube
entregando um dossiê de erros administrativos ao presidente. De acordo
com o jornalista Marcello Lima, por outro lado não pegou bem entre os
dirigentes tricolores o fato de Renê ter tirado um mês de “folga” para
comentar os jogos olímpicos em um canal de TV quando deveria estar em
plena atividade em Cotia. Difícil saber o que de fato desandou na
relação entre as duas partes mas o que mais me intrigou nessa separação
foi o desamparo que o diretor do seu calibre encontrou na hora da
‘colisão’ com a administração de Cotia.
Os próprios diretores Tricolores reconhecem a gestão fechada do
clube. É marca registrada do São Paulo desde muito tempo atrás que,
entre erros e acertos, revelaram e negociaram jogadores como Denílson,
Breno, Lucas Piazon, Oscar (forçado, mas vendido) e Lucas. Mas para
contratar gente da importância de um Renê Simões ou contar com um futuro
diretor de marketing renomado no mercado é preciso dar credibilidade ao
trabalho destes profissionais e estar atento ao impacto que eles
poderão causar na engrenagem clubística que há muito tempo permanece
enraizada nos clubes brasileiros.
Se não for para ser assim é melhor não contar com eles.
Saudações Tricolores!
Por: Daniel Perrone/Globo Esporte
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