Tricolor recebe Ponte em 'jogo do ano'

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“O São Paulo carrega um peso muito bom, adorável, de se acostumar a grandes conquistas. A vantagem relativa do adversário é proporcional, mas o São Paulo tem tradição e bola para superá-los”
garantiu Leão

Depois de três anos sem títulos e duas temporadas sem sequer disputar a Libertadores, o São Paulo iniciou 2012 cheio de reformulações e com promessas de grandes conquistas. No entanto, cinco meses se passaram - incluindo uma eliminação no Campeonato Paulista e uma derrota inesperada para a Ponte Preta no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil - e agora os reforços já começam a ser questionados, ao mesmo tempo em que o cargo de Emerson Leão passa a ser posto em dúvida.

E para acalmar os ânimos no Morumbi, só mesmo conseguindo uma vitória naquele que é considerado ‘o jogo do ano’, diante da Ponte, nesta quinta-feira, e garantindo a classificação para as quartas de final da Copa do Brasil. Saindo já em desvantagem no placar – por causa da derrota por 1 a 0 sofrida em Campinas -, o São Paulo precisará vencer a partida por mais de um gol de diferença para se livrar dos pênaltis, enquanto a Ponte Preta se classifica com qualquer empate conquistado na capital paulista ou até mesmo se perder por um gol, caso consiga balançar as redes no Morumbi.

Por tudo isso, a situação do São Paulo não é das melhores, mas o alento para os são-paulinos é o histórico positivo contra o adversário desta quinta-feira: nos últimos 61 anos, foram 57 vitórias da equipe tricolor contra apenas 17 da Ponte, em um total de 107 confrontos. O grande problema é que uma das derrotas sofridas para o time de Campinas foi justamente no jogo da semana passada pela Copa do Brasil, naquela que chegou a ser chamada ‘a pior atuação’ do São Paulo no ano. Ainda assim, apesar da desvantagem no placar, o técnico Leão está certo de que sua equipe será capaz de reverter a situação jogando no Morumbi.

“O São Paulo carrega um peso muito bom, adorável, de se acostumar a grandes conquistas. A vantagem relativa do adversário é proporcional, mas o São Paulo tem tradição e bola para superá-los”, garantiu Emerson Leão.

Para reverter o resultado ruim de Campinas e conseguir cumprir a ‘obrigação’ de se classificar para as quartas de final da Copa do Brasil, o time do Morumbi busca juntar os cacos das discussões internas que atrapalharam o grupo na semana passada. Algumas horas antes da partida contra a Ponte no Moisés Lucarelli, o zagueiro Paulo Miranda foi cortado por orientação da diretoria do clube e contra a vontade do técnico Emerson Leão, o que gerou um certo desconforto entre os jogadores relacionados para a partida.

O clima ficou ainda pior após a derrota e, depois de uma semana inteira de preparação, a equipe tricolor precisará superar os problemas de bastidores para evitar que a crise tome conta do Morumbi ainda no início da temporada.

“Não vamos ficar nos preocupando com coisas que não voltam mais. Precisamos olhar o que não deu certo, os erros, mas não adianta ficar lamentando. O que passou, passou, vira a página. A derrota serve para aprendermos e corrigirmos. Temos que correr atrás do prejuízo”, analisou Luis Fabiano.

Mas se algo deve mudar no São Paulo no jogo de volta contra a Ponte Preta será a postura da equipe que vai a campo no Morumbi, porque o time escalado por Emerson Leão não deve ter alterações. O treinador já indicou que vai manter o recém estreado Douglas na lateral direita, com Edson Silva na zaga substituindo Paulo Miranda afastado, e Jadson ainda no banco. Na frente, opção de Leão será manter o trio ofensivo com Fernandinho, Lucas e Luis Fabiano.

Do outro lado, a Ponte Preta vem embalada pela vitória conquistada na semana passada e usa o jogo em que eliminou o Corinthians nas quartas de final do Campeonato Paulista há algumas semanas como inspiração para tirar mais um ‘favorito’ na fase mata-mata, só que agora na Copa do Brasil. A estratégia do técnico Gilson Kleina, que viu seu time pressionar bastante o São Paulo no jogo de ida, será entrar com um time mais fechado defensivamente para tentar conter os donos da casa, que virão sedentos para abrir o placar logo no início da partida.

“Eles vão tentar ocupar os espaços, então vamos tomar nossas precauções para conseguir um resultado que nos qualifique às quartas de final”, avisou Kleina, que completará 90 jogos à frente da Ponte na partida desta quinta.

Mas, para alcançar o objetivo da classificação, o treinador não deverá mudar a equipe, exceto pela entrada do lateral esquerdo Uendel, que se recuperou das dores musculares e poderá jogar contra o São Paulo. No ataque, a esperança de gols será Renato Cajá, Caio e Roger, um trio que também tem sido efetivo ofensivamente na Ponte.

Fonte: ESPN