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Ao marcar as finais do Paulista para o Morumbi, a FPF
descumpriu a promessa que havia feito de respeitar a vontade dos clubes
mandantes sobre onde jogar a partir das oitavas-de-final do Estadual.
“Quem vai decidir onde atuar é o clube que tiver o mando, não a
federação”, afirmou Marco Polo Del Nero ao blog, no dia 29 de fevereiro,
antes de participar de assembleia geral da CBF.
Na ocasião, o blog havia apurado a existência de um lobby para fazer
semifinais e finais no estádio são-paulino, o que Del Nero negou. A
ideia, segundo dirigentes paulistas, era convencer os principais clubes
do Estado de que o melhor seria usar a casa tricolor.
Naquele momento, os presidentes da FPF e do São Paulo, Juvenal
Juvêncio, acabavam de selar a reconciliação entre as duas partes, após
um longo período de desavenças.
Agora, cartolas dos finalistas Santos e Guarani dizem que queriam
jogar em seus estádios. Del Nero afirma que não foram obrigados, mas
convencidos de que o Cícero Pompeu de Toledo é a melhor escolha.
Com a final no Morumbi, Marco Polo reforça o novo status de Juvenal,
agora um dos cartolas com mais trânsito na cúpula do futebol brasileiro.
O são-paulino também é unha e carne com José Maria Marin, presidente da
CBF.
Além de fazer o Morumbi voltar a ser palco de grandes jogos que não
envolvem o São Paulo, reforçando o caixa tricolor com a cobrança de
aluguel, a federação prestigia seu próprio camarote no estádio.
O espaço vip havia sido tomado da entidade no auge do conflito e
agora está de novo nas mãos da FPF. A tribuna é útil para receber
autoridades e dirigentes de outros estados, ainda mais bem-vindos em
época de campanha eleitoral (Del Nero é candidato a vice da CBF) e de
fortalecimento de Marin no poder.
Por: Blog do Perrone/UOL
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