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Juvenal vetou Paulo Miranda no dia do jogo, o que foi alvo de críticas por parte da cúpula. Leão continua, mas perde comando
A atitude do presidente Juvenal Juvêncio, amparado pelo vice João
Paulo de Jesus Lopes e pelo diretor de futebol Adalberto Baptista, não
foi bem recebida no Morumbi. Conselheiros e diretores ouvidos pela
reportagem do LANCENET!, que pediram para não terem os
nomes divulgadores, foram contrários à decisão de barrar Paulo Miranda
no dia do jogo contra a Ponte Preta. Existe consenso de que o zagueiro
estava mal, mas cortá-lo pouco antes foi precipitado.
A desculpa
de que o jogador foi preservado não cola. Pelo contrário. No Morumbi o
pensamento é que o camisa 13 sairá ainda mais desgastado após este
entrevero. Com Piris e Jadson, sacados desde o início da semana, a visão
foi outra. Perderam espaço por questão técnica, com decisão do
treinador.
Nesta quinta-feira, em entrevista à Agência
Estado, Juvenal revelou que Leão concordou com o veto. Após a derrota, o
treinador deixou claro que acatou a posição da diretoria, e que a ordem
veio de cima para baixo. Só restou a ele não escalar o defensor.
–
Ele (Leão) sabia de tudo. Aqui não se faz nada às escondidas.
Conversamos, ele concordou com tudo, que o jogador estava cometendo
falhas. Mas disse que não poderia tirá-lo da concentração, porque já o
havia relacionado, mas que se a diretoria quisesse agir que agisse. Não
vejo escândalo nisso – disse o presidente.
Pessoas ligadas ao
Tricolor entendem que Leão ficou em situação complicada. Apesar de não o
verem ameaçado no cargo, a visão é de que, ao não poder escalar um
titular, ele perdeu comando. Os jogadores também não receberam a notícia
com tranquilidade. Paulo Miranda ganhou apoio de todos, que ficaram
surpresos ao vivenciar uma situação incomum no futebol. Para alguns,
novas intervenções podem acontecer.
E agora não é suficiente apenas ter
apreço do treinador. É preciso também agradar o presidente.
Não é
de hoje que Juvenal demonstra autoritarismo. Em outras oportunidades
(leia mais abaixo), tomou decisões – algumas precipitadas – sem ouvir
seus colegas. Em outras, até colheu opiniões, mas prevaleceu a sua como
sendo a “correta”.
‘Juvenadas' do presidente
Sérgio Baresi
Quando Ricardo Gomes deixou o clube, Dorival Júnior estava desempregado e em alta. No entanto, o presidente não quis contratá-lo, e optou por Sérgio Baresi, técnico da base são-paulina. Com ele no comando, Juvenal deu um passo importante para estimular a presença dos jovens de Cotia na equipe profissional. Vários subiram, mas poucos se firmaram entre os titulares.
Quando Ricardo Gomes deixou o clube, Dorival Júnior estava desempregado e em alta. No entanto, o presidente não quis contratá-lo, e optou por Sérgio Baresi, técnico da base são-paulina. Com ele no comando, Juvenal deu um passo importante para estimular a presença dos jovens de Cotia na equipe profissional. Vários subiram, mas poucos se firmaram entre os titulares.
Cleber Santana
A contratação do volante em janeiro de 2010 pegou a diretoria de futebol de surpresa. Quem negociou com o Atlético de Madrid (ESP) foi Juvenal, sem contar nada para importantes dirigentes.
A contratação do volante em janeiro de 2010 pegou a diretoria de futebol de surpresa. Quem negociou com o Atlético de Madrid (ESP) foi Juvenal, sem contar nada para importantes dirigentes.
Carpegiani
Também foi o presidente quem escolheu e fez a negociação com Paulo César Carpegiani, no fim de 2010. A diretoria teve pouca influência na escolha.
Também foi o presidente quem escolheu e fez a negociação com Paulo César Carpegiani, no fim de 2010. A diretoria teve pouca influência na escolha.
Dunga
Após a Copa de 2010, Juvenal defendia a contratação de Dunga para técnico do clube. O presidente só desistiu da ideia pela má repercussão da notícia entre os torcedores são-paulinos.
Após a Copa de 2010, Juvenal defendia a contratação de Dunga para técnico do clube. O presidente só desistiu da ideia pela má repercussão da notícia entre os torcedores são-paulinos.
Morumbi na Copa
Juvenal sempre acreditou que o estádio do São Paulo sediaria a abertura da Copa do Mundo de 2014. Com ataques constantes à Arena Corinthians, sendo construída em Itaquera, o presidente contrariava todas as declarações oficiais do Comitê Organizador Local e até da Fifa.
Juvenal sempre acreditou que o estádio do São Paulo sediaria a abertura da Copa do Mundo de 2014. Com ataques constantes à Arena Corinthians, sendo construída em Itaquera, o presidente contrariava todas as declarações oficiais do Comitê Organizador Local e até da Fifa.
Troca na diretoria
No ano passado, Juvenal mexeu na diretoria de futebol. Leco saiu da vice-presidência, cargo que passou para João Paulo de Jesus Lopes. Na diretoria, quem entrou foi Adalberto Baptista. Marco Aurélio Cunha pediu demissão do cargo de superintendente, que foi extinto.
No ano passado, Juvenal mexeu na diretoria de futebol. Leco saiu da vice-presidência, cargo que passou para João Paulo de Jesus Lopes. Na diretoria, quem entrou foi Adalberto Baptista. Marco Aurélio Cunha pediu demissão do cargo de superintendente, que foi extinto.
Comissão técnica
Antes fixa, a comissão sofreu mudanças. Turíbio Leite de Barros (fisiologista) e Carlinhos Neves (preparador físico) saíram. Na parte física, Riva Carli assumiu e já deu lugar a José Mário Campeiz.
Antes fixa, a comissão sofreu mudanças. Turíbio Leite de Barros (fisiologista) e Carlinhos Neves (preparador físico) saíram. Na parte física, Riva Carli assumiu e já deu lugar a José Mário Campeiz.
Mandato contestado
A oposição tenta, na Justiça, tirar Juvenal do poder, já que ele está em seu terceiro mandato consecutivo, o que não é permitido, mas acontece devido à uma manobra no estatuto do clube.
A oposição tenta, na Justiça, tirar Juvenal do poder, já que ele está em seu terceiro mandato consecutivo, o que não é permitido, mas acontece devido à uma manobra no estatuto do clube.
Leão
A decisão de contratar Leão foi tomada pelo presidente. O treinador contava, e ainda conta, com restrições na cúpula.
A decisão de contratar Leão foi tomada pelo presidente. O treinador contava, e ainda conta, com restrições na cúpula.
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