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O recado de Mano Menezes já chegou ao Beira Rio.
Se não resolver sua situação o mais rápido possível não jogará a Olimpíada.
E não será mais chamado para a Seleção.
Seria a desmoralização por completa.
Um atleta com uma grave questão jurídica, que só treina, ser convocado.
Só falta isso para o patrocinado da Kaiser.
Vinho tinto à parte, a mensagem chegou ao jovem meia.
E o abalou.
Ele já está sem entrar em campo desde o dia 21 de março.
Pouco antes da partida contra o Strongest, a direção do Inter cedeu.
A Justiça Trabalhista ordenou que o meia voltasse ao São Paulo.
Os gaúchos resolveram cumprir a metade da sentença.
E apenas passaram a não escalá-lo mais.
Ele continuou treinando em Porto Alegre.
Não apareceu no São Paulo.
O clube paulista que estava processando apenas Oscar entrou na Justiça Desportiva contra o Inter.
A acusação é pesada: aliciamento.
Os dirigentes do Inter não querem liberá-lo de jeito algum.
O meia implorou para o gerente Fernandão e ao treinador Dorival Júnior.
"Não quero mais pisar no Morumbi", disse o meia.
Ele alegou que a antecipação de sua maioridade foi forçada pelos dirigentes.
E só assim assinou seu contrato com 16 anos, quando a legislação prevê os 18 anos.
O empresário Giuliano Bertolucci alegou coação e tirou o atleta do São Palo.
Sua intenção era colocá-lo no Corinthians.
Mas Andres não quis comprar a briga.
Oscar foi para o Inter, para a Seleção sub-20.
Sonhou que tudo estava terminado.
Mas Juvenal Juvêncio ordenou que seu departamento jurídico trabalhasse para recuperar Oscar.
Desembargadores poderosos foram ouvidos e aconselharam o São Paulo.
A ação está muito bem amarrada, como dizem os advogados.
A direção do Internacional já mandou recados por empresários.
Está disposta a pagar.
No máximo, R$ 4,5 milhões pelo meia.
A direção do São Paulo percebe a pressa do Inter e a do jogador.
O clube gaúcho quer o atleta para a Libertadores.
E o meia além da competição internacional quer a Olimpíada.
Chegou a hora da vingança, bradam companheiros de almoço de Juvenal.
Além de o clube querer pelo menos cinco vezes mais que o Inter oferece...
A direção do São Paulo acredita que não há porque antecipar qualquer negociação.
O Inter que sofra sem poder escalar o ótimo jogador.
E Oscar que perca a Seleção.
A postura é firme, a vontade é dar uma lição.
Tanto no jogador como no clube que o acolheu.
Até que sirva como exemplo para que novas revelações não sigam o caminho de Oscar.
Até agora a legislação é clara e está do lado do São Paulo.
E o tempo vai passando.
Péssimo para o Internacional.
E muito pior para Oscar...
A vingança parece ser mesmo um prato que se come frio.
Juvenal o está desfrutando...
Sem vinho tinto e dirigir depois...
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