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O São Paulo e o empresário de Lucas, Wagner Ribeiro, dão mostras de não estarem falando o mesmo idioma. Enquanto o diretor de futebol, Adalberto Baptista, creditou ao agente a insatisfação da torcida contra o meia, o responsável pela sua carreira cobrou mais assistência do time tricolor para a joia.
"Eu já pedi para ter uma conversa com ele [Lucas]. A forma como o agente dele vem se manifestando na mídia, querendo compará-lo ao Neymar, fazendo planos de marketing, exigindo aumento salarial de um contrato que foi recém reformulado, passa para o grande público um mercenarismo que está longe de ser uma característica do Lucas. Isso cria na grande massa um insatisfação que é só prejudicial a ele mesmo”, falou Baptista para a Rádio Bandeirantes.
Em entrevista ao UOL Esporte, Ribeiro se defendeu das críticas de Baptista, negou comparar Neymar (que também é seu jogador) a Lucas. O empresário do meia são-paulino colocou o valor de mercado da revelação da base como justificativa para pedir uma maior valorização.
“Não faço comparações, apenas cobro do São Paulo maior assistência ao Lucas, que é maior patrimônio do clube. O Lucas hoje tem um preço de mercado no mínimo de 30 milhões de euros. No São Paulo, não tem nenhum jogador que valha a metade disso. Peço que o São Paulo dê a assistência, faça a blindagem e crie um projeto de marketing para o Lucas juntamente conosco”, reclamou.
Lucas tem sido alvo de uma parte da torcida que questiona o seu desempenho em campo nas redes sociais. Via Twitter, o meia são-paulino reclamou recentemente de ter sido chamado de “sangue ruim”.
Ribeiro revelou também o temor de que Lucas repita a mesma história de Kaká no São Paulo. O meia do Real Madrid cansou de ser criticado pelos torcedores e não se opôs a ida para o futebol europeu em 2003 por um valor considerado baixo para o seu potencial.
“O Kaká foi exatamente isso. De uma hora pra outra, a torcida pegou no pé dele, que se encheu e foi embora. A saída dele foi muito ruim economicamente para o São Paulo, apesar daquele momento ser um valor razoável para o mercado. Ele saiu para o Milan por 8,5 milhões de dólares, mas depois foi para o Real por 64 milhões de euros”, exemplificou Ribeiro, que era o empresário de Kaká na época.
Fonte: UOL Esporte
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