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Nação do Maior do Mundo;
Mais um resultado frustrante e mais uma eliminação no ano. Com o placar adverso de 2×0 o São Paulo deu adeus a Copa Sul-Americana em mais uma tentativa de resgatar o mínimo de honra que essa camisa ostenta.
Esse São Paulo de 2011 definitivamente não mereceu o carinho, o apoio e o tempo gasto por seu torcedor.
Nem mesmo a chegada “eletrizante” de Emerson Leão salvou o time da derrota. A Desclassificação tricolor é merecida pelo trágico planejamento do ano. A diretoria não conseguiu montar um time de qualidade na criação de jogadas, que desse oportunidade aos seguidos técnicos que passaram pelo clube neste ano montar um padrão de jogo. E mais uma vez a falta de criatividade (que se traduz em “último passe”) foi a crônica Tricolor. A culpa deste elenco pobre em criação é do planejamento da diretoria.
Dentro de campo Leão optou por uma equipe rápida, sacando Denílson e Cícero para as entradas de Carlinhos e Marlos. Apesar da blitz comum em início de jogo dos donos da casa, que culminou num pênalti infantil de Luis Fabiano nos primeiros minutos, a equipe jogou bem na primeira etapa. Notou-se finalmente jogadas ofensivas dos laterais, tanto é que as melhores chances terminaram nos pés de Piris e Juan. Mas faltou mais capricho nas assistências ao ataque. O problema crônico.
Luis Fabiano, pouco participativo e com dores na coxa, saiu e deu lugar a Fernandinho. Mesmo não se destacando no jogo, a saída de Fabuloso criou um vácuo no ataque. Sem referência e com jogadores pouco habituados ao gol, o time ciscou, ciscou mas não chegou em nenhum momento com perigo real para a meta do Libertad. Os donos da casa pouquíssimas vezes arriscavam-se ao ataque, mas foi em uma bola apenas que saiu o segundo gol paraguaio, de fato impedido.
O gol desesperou os são-paulinos que tentavam atacar até o fim e procura de um milagre, mas sem nenhum cacoete de eficiência. Foi o ‘bumba meu boi’ típico de quem esperava resolver as falhas do ano inteiro em 15 minutos de jogo. Sou torcedor, mas tenho desconfiômetro: São Paulo de tantos erros no ano não poderia ser contemplado com um gol salvador.
Fim de jogo e fim da linha na Sul-Americana. A verdade é que essa desclassificação, assim como as do Paulista e Copa do Brasil foram muito mais resultados da sucessão de erros de planejamento desse elenco que de um jogo só. Agora o que resta é esperar que Juvenal Juvêncio cumpra a promessa de mais uma reformulação e esperar as sete partidas restantes no ano. Ir a Libertadores 2012, que deveria ser a normalidade, agora é uma grande dúvida. O elenco mostrou-se fraco e os vexames do ano são reflexos do confuso planejamento. O torcedor, que deu show de apoio em 2011, mais uma vez terá que engolir um ano sem conquistas.
Saudações Tricolores!
Nota dos principais personagens do jogo:
Rogério Ceni Pouco exigido. Sem culpa nos dois gols. Um deles de tremendo azar. Nota: 7,5
Piris Participou mais no primeiro tempo. No segundo voltou a decepcionar. Nota: 4,0
Rhodolfo Totalmente fora de órbita. Atenção italianos: Pode levar! Nota: 3,0
João Filipe É bom zagueiro, mas as vezes leva muito a sério o apelido de ‘Blackenbauer’. Nota: 5,0
Juan Boa partida no primeiro tempo. Na segunda etapa avançou menos. Nota: 5,0
Wellington Assustou no primeiro tempo com um amarelo e ao menos não foi expulso na segunda etapa, mas caiu muito de produção comparado com seu início como titular no time. Vaga verdadeiramente a perigo. Nota: 4,0
Carlinhos Atuou bem no primeiro tempo, mas assim como Wellington não pode ser titular desse time. Nota: 5,5
Marlos Alguém precisa avisar a ele que futebol pode ser jogado de olhos abertos. Nota: 3,0
Lucas De grande promessa para uma enorme dúvida. Espero que seja apenas uma oscilação após um início fulminante com a camisa do clube. Neste jogo mais uma vez não correspondeu a enorme expectativa em torno de sua figura. Nota: 3,5
Dagoberto Bom primeiro tempo e uma segunda etapa ruim. Nota: 4,5
Luis Fabiano Um pênalti infantil e um primeiro tempo discreto demais para a expectativa em torno de seu nome. Substituído com dores na coxa. Nota: 2,5
Fernandinho Esse é o parceiro ‘ideal’ de Luis Fabiano… pelo menos na cabeça dos diretores. Vou tomar meu prozac e já volto. Nota: 3,0
Cícero e Denis Pelo menos conheceram os encantos de Assunción… Sem nota.
Emerson Leão Estrear com uma eliminação é duro, mas era previsível, pelo péssimo jogo de ida e principalmente pela má qualidade criativa do elenco. O que deu para avaliar foi a escolha de não levar Rivaldo para o Paraguai, a formação mais leve, uma ligeira melhora na disposição dos atletas e principalmente no primeiro tempo, os avanços dos laterais. Mas a equipe caiu novamente na mesmice na segunda etapa e nem seus gritos (ou seriam rugidos) levantaram o imenso defunto que é esse São paulo de 2011. Se classificar para a Libertadores tem que ter desfile de carro aberto pela cidade. Nota: 5,5
Por: Daniel Perrone/Blog do Torcedor do São Paulo
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